A psicologia da educação é o estudo científico dos processos psicológicos em contexto educacional. O psicólogo educacional desempenha um papel de extrema importância em contexto escolar ou académico, tendo em conta os inúmeros desafios que os tempos atuais oferecem.
A psicologia educacional é uma ciência aplicada com o rigoroso conhecimento dos métodos de investigação e avaliação em psicologia, e das formas de os utilizar na prática do dia-a-dia, em diferentes situações e de intervir e regular essa intervenção. Assim, a psicologia da educação serve para ajudar a alcançar objetivos em melhores condições, permitindo uma maior qualidade, eficácia, segurança, controlo, planeamento, flexibilidade, adaptabilidade e previsibilidade dos processos educacionais.
Podemos definir a “depressão tardia” como o aparecimento de sintomatologia depressiva, clinicamente significativa, depois dos 65 anos de idade. Este estado depressivo está muitas vezes associado à presença de doença física ou neurológica, mas também às mudanças decorrentes da situação de reforma.
As queixas somáticas mais frequentes nos doentes mais velhos são as dores de cabeça, dores reumatológicas ou músculo-esqueléticas, bem como a sintomatologia gastrointestinal. Feito o despiste de doença fisiológica que explique a referida sintomatologia, a persistência dos sintomas pode ser explicado pela depressão, se combinada com outros sintomas típicos desta doença. Estes sintomas incluem a tristeza prolongada e profunda, sentimentos de vazio, dificuldade em retirar prazer de atividades anteriormente prazerosas, falta de energia, dificuldades de sono, alterações do apetite, choro recorrente, sentimentos de culpa ou de inutilidade, entre outros.
Os fatores de risco para a depressão no idoso prendem-se com questões de género, sendo mais prevalente nas mulheres do que nos homens. No entanto, outros fatores de risco para o desenvolvimento de patologia depressiva podem estar relacionados com o sistema endócrino ou o sistema vascular. O diagnóstico de doenças médicas não psiquiátricas, nomeadamente doença oncológica, demência, doenças cardiovasculares, hipotiroidismo ou artrite, entre outras, constitui-se também como um fator de risco relevante para o desenvolvimento da depressão. O tipo de personalidade do indivíduo pode também influenciar a propensão para estados depressivos, bem como as experiências de vida e o stresse crónico a que está ou esteve sujeito (familiar, social ou económico).
Alguns fatores psicológicos podem também constituir um risco acrescido de depressão. A não-aceitação do envelhecimento, a dificuldade em lidar com a imagem corporal, a redução da atividade ou dos interesses, o apego excessivo aos bens materiais, a incapacidade em lidar com a morte dos entres queridos (que pode levar a processos de luto patológico), a dificuldade em enfrentar a reforma e a consequente redução da exposição social e por vezes até mesmo o isolamento, são fatores de risco muito significativos para o desenvolvimento de sintomatologia depressiva grave.
Associada aos múltiplos fatores de risco anteriormente mencionados, junta-se a frequente dificuldade que alguns mais velhos têm em fazer um balanço de vida positivo, em aceitar as alterações das relações com alguns familiares muito significativos (ex. filhos e netos por vezes distantes) e a dificuldade em lidar com expectativas de reciprocidade ou dependência económica, desses mesmos familiares, que por vezes podem ficar muito aquém do idealizado.
As pessoas mais velhas tendem a dar relevância às adversidades (maiores ou menores) que as preocupam, focando-se mais no que perderam do que naquilo que ainda têm e podem conseguir. A depressão nesta faixa etária parece estar frequentemente sub-diagnosticada e sub-tratada, principalmente ao nível dos cuidados de saúde primários. À semelhança das outras faixas etárias, a depressão no idoso pode ter vários níveis de gravidade, podendo ser ligeira, moderada ou grave (depressão major). De um modo geral, a depressão ligeira pode ser tratada com sucesso apenas com o recurso à psicoterapia, no entanto, a depressão moderada ou grave, necessita muitas vezes da combinação de psicoterapia com medicação (antidepressivos) como forma de intervenção. A terapia cognitivo-comportamental, combinada ou não com a medicação, tem-se revelado muito eficaz no tratamento da depressão tanto no idoso como em qualquer outra faixa etária.
A depressão não é uma consequência natural do envelhecimento. Os idosos saudáveis, independentes e principalmente ativos, apresentam uma taxa de prevalência de depressão muito inferior à da população em geral. Porém, juntamente com outras problemáticas que possam existir, a depressão reduz consideravelmente a qualidade de vida da pessoa idosa pode aumentar de forma significativa o risco de suicídio. Deste modo torna-se fundamental ficar atento aos sinais e agir de forma precoce. Uma boa e atempada avaliação psicológica e uma adequada intervenção, pode evitar consequências funestas e tratamentos mais complexos e prolongados.
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As perturbações de ansiedade estão atualmente entre os quadros psicopatológicos mais debilitantes e impactantes do indivíduo comum. Milhares de pessoas lutam diariamente para controlar os seus medos e preocupações, ao mesmo tempo que percebem que quanto mais tentam fugir da ansiedade e dos seus “gatilhos”, pior ficam as suas vidas e mais afetado é o seu bem-estar.
Todos nós sabemos como é sentir medo, quando somos confrontados pelo desconhecido e assustador, ou ficamos ansiosos antes de um exame ou de uma entrevista de trabalho, ou até mesmo antes de um encontro amoroso. Viver implica termos que nos deparar com uma boa dose de ansiedade, causada pelo perigo, pelos riscos, pelas incertezas ou inseguranças próprias do dia-a-dia. O medo faz parte da vida e tem também um papel de extrema importância, na medida em que pode ser protetor e fazer com que paremos e olhemos, antes de atravessar uma estrada, diminuindo significativamente o risco de sermos atropelados. A ansiedade leva-nos também a que nos preparemos melhor antes de prestar uma prova, para aumentar a probabilidade de termos um melhor desempenho. Contudo, medo em excesso pode-nos impedir de agir e causar um enorme sofrimento.
A violência online é qualquer tipo de comportamento agressivo, ameaça ou intimidação efetuado com recurso à internet, ou seja, pelas tecnologias, por meio de mensagens de telemóvel, email, website, Youtube ou redes sociais, com a intenção de magoar, humilhar, envergonhar, assustar ou ofender.
O cyberbullying é uma forma de bullying cometido através da internet e das novas tecnologias, em que alguém, habitualmente uma pessoa ou grupo conhecido da vítima, a procura ofender, amedrontar, envergonhar ou humilhar. Qualquer jovem é uma potencial vítima de cyberbullying. Isto pode acontecer por email ou por mensagens recebidas com ofensas, insultos ou ameaças. Estas mensagens podem assumir formas distintas, podendo conter vídeos ou fotografias comprometedoras, causadoras de vergonha e desconforto. As agressões podem incluir o roubo de passwords e dar acesso à caixa de correio eletrónico ou às redes sociais, permitindo a publicação abusiva e a informação ofensiva acerca da vítima ou dos seus familiares.
Uma das principais fontes de stresse é o dinheiro, tanto para os mais jovens como para os mais velhos. No entanto, na atual conjuntura socioeconómica e perante a crise mundial, os jovens parecem ser dos mais afetados pela ansiedade financeira, uma vez que são cada vez mais incertas as perspetivas de futuro.
A ansiedade financeira corresponde ao sentimento de preocupação, receio ou desconforto no que diz respeito às finanças pessoais (OPP). Os jovens que estão num período de transição para a idade adulta, tendem a sofrer deste tipo específico de ansiedade, perante as dificuldades que anteveem na aquisição da sua autonomia, devido à precariedade de emprego e aos baixos salários que se praticam no nosso país. Planear o futuro é uma tarefa cada vez mais complexa e geradora de stresse, que pode conduzir os jovens a sentimentos de ansiedade, irritabilidade, insegurança ou tristeza, e que vão interferir com as suas atividades diárias, podendo comprometer, por exemplo, as suas relações sociais.
A escola é parte integrante da vida da criança, e é em contexto escolar que ela passa muitas das horas do seu dia, em interações múltiplas, repletas de oportunidades de aprendizagem, socialização e crescimento.
A escolaridade obrigatória é um direito e um dever para todos os cidadãos com idades entre os 6 e os 18 anos. O Estado Português defende que os 12 anos de escolaridade são relevantes para o progresso social, económico e cultural da população e do país. Dentro da sala de aula, a criança aprende de forma estruturada as atividades e os conteúdos programáticos correspondentes ao ano que frequenta, no entanto, fora da sala de aula (e não menos importante), a criança experimenta diversas atividades e tem a possibilidade aprender através do brincar. Esta aprendizagem informal é de extrema importância a vários níveis, nomeadamente ao nível da socialização e desenvolvimento de competências relacionais.
A palavra assertividade tem origem no termo asserção. Fazer asserções significa afirmar, deriva do latim afirmare, ou seja, tornar firme, consolidar, confirmar ou declarar com firmeza. A assertividade é mais do que um estilo de comunicação, é uma filosofia de vida!
Uma comunicação assertiva pressupõe uma comunicação criativa e transparente, através da qual os indivíduos expressam os seus desejos e necessidades, pensamentos e sentimentos, de forma direta e honesta, respeitando o ponto de vista e o direito dos outros. É um estilo de comunicação que permite a manifestação da vontade do emissor, a afirmação do seu eu, sem agredir nem ignorar o recetor. Uma atitude assertiva permite-nos ocupar o nosso espaço sem invadir o espaço do outro, uma virtude, uma vez que está no meio de dois extremos inadequados: o estilo agressivo e o estilo passivo.
A Psicologia tem dado ao longo dos tempos um forte contributo para a melhoria do ensino e da aprendizagem em sala de aula. Sabe-se que o bem-estar emocional influencia positivamente o desempenho escolar, a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças e dos jovens.
O ensino e a aprendizagem estão intrinsecamente relacionados com fatores sociais e comportamentais do desenvolvimento, incluindo a cognição, a motivação, a interação social e a comunicação. Uma avaliação da saúde psicológica poderá ser de grande importância, não só em termos de prevenção, como no desenvolvimento de estratégias de intervenção, no sentido de melhorar o desempenho escolar e académico, as relações familiares e com os pares, e, consequentemente, a satisfação dos jovens com a vida. Promover o bem-estar emocional de crianças e jovens, irá certamente potenciar o sucesso da sua funcionalidade diária, bem como o sucesso do seu desempenho, tanto em sala de aula, como no restante ambiente escolar e não só…
Podemos definir emoção como uma experiência subjetiva, que envolve a pessoa na sua totalidade: mente e corpo. Do ponto de vista neurológico, a emoção é descrita como uma variação psíquica e física, que tem origem num estímulo, avaliando-o e reagindo a ele.
As emoções são um modo natural de avaliação do meio envolvente, e a sua reação é consequência de uma adaptação. As emoções podem falar por nós, na medida em que são reveladoras da forma como nos sentimos e de como encaramos a vida. São estados de curta duração e onde estão incluídas a alegria, a tristeza ou o medo, entre muitas outras. Quando falamos de raiva, nojo, alegria, tristeza, surpresa ou medo, estamos a referir-nos a emoções básicas ou primárias, pois são aquelas não necessitam de reflexão ou introspeção. São inatas e estão ligadas ao instinto e à sobrevivência, e, por isso, surgem de forma súbita e inesperada e são de fácil definição pelo facto de serem rapidamente identificadas pelo indivíduo, independentemente da cultura a que pertence. As emoções secundárias ou sociais implicam uma tomada de consciência de si. Resultam das nossas aprendizagens e fazem uso das emoções primárias. No entanto, podem variar de acordo com o contexto cultural. São exemplos de emoções secundárias a vergonha, o ciúme, a inveja, a empatia, o embaraço, o orgulho ou a culpa.
Com a aproximação das festas natalícias, algumas pessoas sentem-se invadidas por uma alegria e entusiasmo que contrastam com a tristeza e angustia de muitas outras. Cada um de nós associa ao Natal, emoções tão positivas quanto as nossas memórias e expetativas, o que faz com que este período tipicamente de celebração, se possa transformar para alguns, numa enorme “dor de cabeça”.
De forma a contribuir para a redução do “stresse natalício”, deixo aqui algumas dicas que poderá ter em linha de conta, se o seu humor e os seus pensamentos em relação a esta quadra não forem os mais tranquilos. Comecemos pelos gastos, ou seja, saibamos gerir o nosso orçamento com equilíbrio e moderação, de modo a evitar gastos exagerados que se possam refletir em problemas nos meses seguintes. Presentes simbólicos, acompanhados de gestos carinhosos aos quais associamos emoções positivas, podem dar a quem recebe, uma satisfação maior do que uma prenda cara mas impessoal.