Manuela, 33 anos, entrou no consultório com um sorriso, em contraste com a expressão carregada que geralmente trazia quando começou o acompanhamento há dois anos. Sentou-se confortavelmente e, com um tom sereno, começou a falar.
“Tenho pensado muito no percurso que fiz até aqui. Quando comecei, sentia-me completamente perdida. A ansiedade não me deixava dormir, e a depressão tirava-me a vontade de sair da cama. O trabalho, de que sempre gostei, parecia um fardo. Hoje, vejo como tudo mudou.”
A psicóloga sorriu, incentivando-a a continuar.
“Aprendi a reconhecer os sinais da ansiedade antes de eles me dominarem. As técnicas de respiração e relaxamento que me ensinou fazem toda a diferença! No outro dia, no trabalho, um cliente difícil começou a levantar a voz comigo. Em vez de entrar em pânico, respirei fundo e consegui manter a calma. Antes, teria ficado aflita o resto do dia, mas consegui seguir em frente.”
Houve um momento de silêncio antes da Manuela acrescentar, com emoção:
“A terapia ajudou-me a ver que eu não sou os meus pensamentos negativos. Agora, quando surgem, já não me afundo neles. Questiono-os, como me ensinou. E as pequenas coisas voltaram a ter valor para mim. Voltei a sair com amigos, a ler, a caminhar à beira-mar…”
A psicóloga reconheceu o progresso de Manuela, reforçando as suas conquistas. Ela sorriu, com gratidão.
“Obrigada por tudo. Sei que ainda há caminho a percorrer, mas agora sinto que sou eu quem controla as situações.”

