Ciúme e amor romântico

O ciúme é uma emoção universal, que em maior ou menor grau, todo o ser humano experiencia, em algum momento da sua vida. Transversal às relações pessoais e sociais, o ciúme pode ser vivenciado em diversos tipos de relacionamentos: romântico, familiar ou de amizade.

Definir o ciúme não é fácil, mais fácil é sem dúvida identifica-lo. No entanto, podemos referir as suas principais características que incluem o facto de ser um sentimento perante uma ameaça percebida, que pressupõe a existência de um rival, quer este seja real ou imaginário, e é uma reação que tem como objetivo eliminar o risco da perda do “objeto amado”. Foquemo-nos então no amor romântico e no respetivo ciúme. Este é um ciúme que acontece entre casais, tipificado por um conjunto complexo de pensamentos, emoções e ações perante a ameaça da perda do amor do outro e do respetivo relacionamento. O ciúme decorre da existência de um triângulo social, ainda que imaginário o que desperta sentimentos como o medo, a raiva ou a tristeza e que podem levar o indivíduo a comportamentos por vezes irracionais e desadequados.

Continue a ler “Ciúme e amor romântico”

Crianças e violência: riscos e consequências

Crianças e a violênciaA violência infantil apresenta-se como um factor de risco para o desenvolvimento de problemas emocionais e de comportamento, podendo ter como consequência o desajuste escolar, familiar e/ou social.

A violência é um problema social e pode estar presente na vida das nossas crianças de formas distintas. Os abusos físicos como bater, empurrar ou abanar as crianças são uma prática ainda muito comum em muitas famílias. Do mesmo modo, o abuso verbal como gritar, ameaçar, ridicularizar, humilhar ou intimidar é muitas vezes a forma de tentar corrigir comportamentos desadequados da criança ou de os punir. O abuso sexual, definido como qualquer contacto ou interação com a criança para estímulo ou gratificação sexual do adulto, é outra realidade mais frequente do que se poderia pensar. De um modo diferente, a negligência é outra forma de violência contra a criança. Não atender às suas necessidades básicas (alimentação, abrigo, assistência médica) ou necessidades emocionais (segurança, confiança, carinho) é uma forma de violência contra as crianças, que pode ser tão grave como qualquer outra. Torna-se dramático o facto de que muitas vezes os agressores das crianças são os seus próprios pais ou cuidadores, precisamente aqueles em quem a criança deveria poder confiar e ter como porto de abrigo. Continue a ler “Crianças e violência: riscos e consequências”