Comunicação Eficaz nas Férias: Prevenção de Conflitos Conjugais

As férias de verão, tradicionalmente encaradas como um período de descanso e convívio familiar, podem paradoxalmente tornar-se fonte de tensão e conflito nas relações conjugais. Embora a expectativa de qualidade de tempo juntos seja elevada, a experiência real pode revelar vulnerabilidades relacionais, exacerbadas por alterações bruscas de rotina, aumento de tempo em coabitação e diferenças nas expectativas pessoais. A psicologia cognitivo-comportamental (PCC), enquanto modelo terapêutico amplamente validado cientificamente, oferece uma lente útil para a compreensão estas dificuldades e propõe estratégias eficazes de intervenção.

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A Mulher no Mercado de Trabalho: Entre a Ambição e a Culpa

Nas últimas décadas, as mulheres têm vindo a conquistar um espaço cada vez mais relevante no mercado de trabalho. Ocupam cargos de liderança, destacam-se em áreas tradicionalmente dominadas por homens e contribuem de forma expressiva para a economia global. No entanto, por detrás deste progresso aparente, permanece uma realidade muitas vezes invisível: o conflito psicológico entre a ambição profissional e a culpa associada às expectativas sociais, familiares e culturais.

Do ponto de vista psicológico, este conflito manifesta-se frequentemente através de um sentimento persistente de insuficiência. Muitas mulheres sentem que, por mais que se esforcem, nunca estão completamente “à altura” – nem no trabalho, nem em casa. Esta pressão é, em grande parte, alimentada por um ideal social da “mulher que faz tudo”, capaz de gerir uma carreira de sucesso, uma casa organizada, filhos felizes e uma vida conjugal equilibrada. Este modelo, inalcançável e exaustivo, está na origem de muitos quadros de ansiedade, exaustão emocional e, em casos mais extremos, burnout.

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Falar do “Ninho Vazio”…

Síndrome de “ninho vazio” é a denominação dada a um conjunto de sentimentos e emoções que os pais habitualmente experienciam, aquando da saída dos seus filhos da casa da família. Esta síndrome não é uma patologia, no entanto pode ser vivida de forma mais ou menos intensa e ser algo perturbadora.

Independentemente de se ter apenas um filho ou vários, vê-los sair de casa para estudar, trabalhar, casar ou o que quer que seja, desencadeia nos pais sentimentos por vezes muito contraditórios. A ambivalência de sentimentos como orgulho de os ver crescer e atingir autonomia e independência, e a sensação de vazio que causa a sua ausência, podem afetar tanto o pai como a mãe. No entanto, a mãe é tipicamente a que mais se manifesta… Muitos pais têm extrema dificuldade em conceber as suas vidas longe dos filhos, vivendo esta fase com muita angústia e sofrimento.

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