A Importância Psicológica do Dia da Mãe

O Dia da Mãe é, para muitos, uma data carregada de afetos, memórias e gratidão. Celebrado em Portugal no primeiro domingo de maio, este dia presta homenagem à figura materna — símbolo de cuidado, proteção e amor incondicional. No entanto, do ponto de vista psicológico, a maternidade (e a relação com a mãe) é um tema bem mais complexo e profundo do que o gesto de oferecer flores ou um cartão.

Desde cedo, a mãe — ou a figura cuidadora principal — desempenha um papel central no desenvolvimento emocional da criança. A teoria do apego, desenvolvida por John Bowlby, sublinha a importância das primeiras relações na construção da segurança emocional e da capacidade de estabelecer vínculos saudáveis ao longo da vida. Um apego seguro com a mãe está associado a uma maior autoestima, melhor regulação emocional e relações interpessoais mais estáveis.

Continue a ler “A Importância Psicológica do Dia da Mãe”

Eu não sou os meus pensamentos negativos

Manuela, 33 anos, entrou no consultório com um sorriso, em contraste com a expressão carregada que geralmente trazia quando começou o acompanhamento há dois anos. Sentou-se confortavelmente e, com um tom sereno, começou a falar.

“Tenho pensado muito no percurso que fiz até aqui. Quando comecei, sentia-me completamente perdida. A ansiedade não me deixava dormir, e a depressão tirava-me a vontade de sair da cama. O trabalho, de que sempre gostei, parecia um fardo. Hoje, vejo como tudo mudou.”

A psicóloga sorriu, incentivando-a a continuar.

Aprendi a reconhecer os sinais da ansiedade antes de eles me dominarem. As técnicas de respiração e relaxamento que me ensinou fazem toda a diferença! No outro dia, no trabalho, um cliente difícil começou a levantar a voz comigo. Em vez de entrar em pânico, respirei fundo e consegui manter a calma. Antes, teria ficado aflita o resto do dia, mas consegui seguir em frente.”

Houve um momento de silêncio antes da Manuela acrescentar, com emoção:

A terapia ajudou-me a ver que eu não sou os meus pensamentos negativos. Agora, quando surgem, já não me afundo neles. Questiono-os, como me ensinou. E as pequenas coisas voltaram a ter valor para mim. Voltei a sair com amigos, a ler, a caminhar à beira-mar…”

A psicóloga reconheceu o progresso de Manuela, reforçando as suas conquistas. Ela sorriu, com gratidão.

“Obrigada por tudo. Sei que ainda há caminho a percorrer, mas agora sinto que sou eu quem controla as situações.”

A importância do Sentido da Vida para o Bem-Estar Psicológico e para a Saúde Geral

A procura pelo significado da vida é uma questão fundamental na história da humanidade, abordada por filósofos, psicólogos e pensadores ao longo de várias épocas. A questão do propósito e do sentido de viver não se limita a reflexões teóricas, mas tem profundas implicações na saúde mental e no bem-estar psicológico. Estudos contemporâneos demonstram que a percepção de um propósito na vida está diretamente associada a melhores índices de satisfação, resiliência e saúde geral.

Viktor Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto, é uma referência incontornável neste tema. Na sua obra datada de 1946, O Homem em Busca de um Sentido, defende que a busca por sentido é uma das motivações mais profundas do ser humano. A sua teoria, conhecida como logoterapia, propõe que mesmo em circunstâncias adversas (como as que enfrentou nos campos de concentração), encontrar um significado pode ajudar a superar o sofrimento. Para Frankl, o propósito de vida não é algo que se descobre, mas algo que se cria, ao encontrar um motivo pelo qual viver, seja através do trabalho, das relações interpessoais, da espiritualidade ou mesmo de experiências transcendentais.

Continue a ler “A importância do Sentido da Vida para o Bem-Estar Psicológico e para a Saúde Geral”

Como Lidar com o Burnout: Estratégias para Enfrentar a Exaustão no Trabalho

A síndrome de Burnout é uma condição de exaustão emocional, mental e física causada pelo stress prolongado e excessivo no trabalho. É uma condição psicológica de causas multifatoriais e que por isso requer uma abordagem multifacetada.

O burnout deriva de uma situação de stress crónico no trabalho, frequentemente associada a exigências excessivas, falta de controlo sobre as tarefas ou os prazos, suporte inadequado, conflitos interpessoais, desequilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, expectativas irrealistas, reconhecimento insuficiente por parte das chefias, ambiente de trabalho tóxico e pressão constante para o alto desempenho. Estes fatores combinados podem levar à exaustão emocional e física. Para lidar de forma adaptativa com a síndrome de burnout, deverão ter-se em consideração os seguintes pontos chave:

1. Reconhecer os Sinais

Identificar os sinais de burnout é o primeiro passo. Estes podem incluir cansaço extremo, falta de motivação, irritabilidade, problemas de concentração e diminuição da produtividade laboral, entre outros.

Continue a ler “Como Lidar com o Burnout: Estratégias para Enfrentar a Exaustão no Trabalho”