Dor Física e Dor Psicológica: Duas Faces do Sofrimento Humano

A dor é uma experiência universal que atravessa fronteiras culturais, sociais e temporais. No entanto, nem toda a dor é igual. Podemos distinguir, de forma geral, entre dor física e dor psicológica, duas manifestações distintas que, embora diferentes na sua natureza, estão profundamente interligadas. Entender esta dualidade é essencial para uma abordagem mais humana e eficaz do sofrimento humano.

A dor física é geralmente associada a um estímulo nocivo, como uma lesão, uma inflamação, uma doença. É, por assim dizer, uma resposta biológica do corpo, um sinal de alarme do sistema nervoso que visa proteger-nos de maiores danos. A dor física pode ser aguda, como no caso de uma queimadura, ou crónica, como a dor associada à fibromialgia ou à artrite. Esta última, quando persistente, pode ter efeitos devastadores não só no corpo, mas também na mente.

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Insónias: Impacto na Saúde e Estratégias para Dormir Melhor

A insónia é um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade em adormecer, manter o sono ou acordar muito cedo sem conseguir voltar a dormir. Pode ser ocasional ou crónica, afetando significativamente a qualidade de vida ao causar cansaço excessivo, irritabilidade, falta de concentração e impactos na saúde física.

Embora algumas pessoas tenham dificuldades temporárias em dormir, devido a fatores como stresse ou alterações nas suas rotinas, a insónia crónica é mais complexa e pode estar relacionada com problemas psicológicos ou emocionais. A ansiedade, por exemplo, pode agravar o problema, tornando-se essencial a procura de ajuda profissional para um tratamento adequado.

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Impacto da Mudança de Emprego na Saúde Mental

A mudança de emprego é uma experiência que pode ter um impacto significativo na saúde mental e no bem-estar psicológico dos indivíduos. Embora a mudança esteja frequentemente associada à busca de melhores oportunidades, um ambiente de trabalho mais saudável ou uma maior satisfação pessoal, esta transição não é isenta de desafios emocionais e psicológicos.

O impacto positivo da mudança de emprego

Mudar de emprego pode ser uma oportunidade para o crescimento pessoal e profissional. Muitas vezes, essa decisão surge, por exemplo, da necessidade de ultrapassar um ambiente de trabalho tóxico, a monotonia profissional ou limitações no desenvolvimento de capacidades. Ao ingressar num novo emprego, os indivíduos podem beneficiar de uma maior motivação, devido à novidade das funções e à oportunidade de aprenderem e desenvolverem novas competências. Estas experiências positivas podem aumentar a autoestima, reduzir o stresse e proporcionar uma sensação de realização e autoeficácia. Além disso, uma mudança de emprego pode melhorar a qualidade de vida, especialmente se o novo papel oferecer melhores condições de trabalho, um salário mais justo ou maior flexibilidade horária. Estes fatores contribuem para um equilíbrio mais saudável entre a vida pessoal e profissional, promovendo o bem-estar geral (Oliveira et al., 2013).

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A importância do Sentido da Vida para o Bem-Estar Psicológico e para a Saúde Geral

A procura pelo significado da vida é uma questão fundamental na história da humanidade, abordada por filósofos, psicólogos e pensadores ao longo de várias épocas. A questão do propósito e do sentido de viver não se limita a reflexões teóricas, mas tem profundas implicações na saúde mental e no bem-estar psicológico. Estudos contemporâneos demonstram que a percepção de um propósito na vida está diretamente associada a melhores índices de satisfação, resiliência e saúde geral.

Viktor Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto, é uma referência incontornável neste tema. Na sua obra datada de 1946, O Homem em Busca de um Sentido, defende que a busca por sentido é uma das motivações mais profundas do ser humano. A sua teoria, conhecida como logoterapia, propõe que mesmo em circunstâncias adversas (como as que enfrentou nos campos de concentração), encontrar um significado pode ajudar a superar o sofrimento. Para Frankl, o propósito de vida não é algo que se descobre, mas algo que se cria, ao encontrar um motivo pelo qual viver, seja através do trabalho, das relações interpessoais, da espiritualidade ou mesmo de experiências transcendentais.

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Terapia Cognitivo-Comportamental e Mindfulness

 A Terapia Cognitivo-Comportamental, desde a sua origem, vem a ser considerada como uma modalidade de tratamento muito eficaz nos mais variados tipos de perturbações psicológicas. Este tipo de terapia prevê a possibilidade da utilização de várias técnicas e “ferramentas” que complementam e auxiliam a ação do psicólogo, nomeadamente a prática de mindfulness.

 A atenção plena ou mindfulness, segundo Goleman e Davidson (2017), é um dos métodos de meditação mais utilizados e divulgados no mundo ocidental, dentro de uma ampla variedade de métodos. Alguns especialistas utilizam o termo mindfulness para definir todo e qualquer tipo de meditação. A prática de mindfulness deriva da filosofia oriental budista, sendo considerada uma das técnicas de meditação mais antigas da Índia. Na filosofia oriental, a atenção plena pode ser definida como uma qualidade mental adquirida e cultivada através da prática da meditação com o intuito de se chegar a um desenvolvimento psicoemocional e espiritual. A meditação, é portanto, uma “ferramenta” capaz de produzir uma conexão completa entre a mente, o corpo e o espírito (Goleman & Davidson, 2017). Meditar é sentir a respiração, com a atenção plena ao que está a acontecer no momento presente, observar e aceitar sem julgamentos as experiências internas, sem avaliar ou tentar modificá-las.

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