A Perturbação da Personalidade Borderline

A perturbação da personalidade borderline (PPB) tem sido objeto de estudo e debate na psicologia clínica nas últimas décadas. Caracterizada pela instabilidade emocional, relações interpessoais intensas e conflituosas e uma identidade instável, esta perturbação apresenta desafios significativos tanto para os indivíduos que a experienciam como para os profissionais de saúde mental que os acompanham (American Psychiatric Association, 2013).

Do ponto de vista clínico, a PPB manifesta-se por meio de um padrão crónico de instabilidade emocional. Indivíduos com esta perturbação tendem a experienciar emoções intensas e de curta duração, que se alteram rapidamente, muitas vezes sendo desencadeadas por acontecimentos interpessoais ou stresse ambiental. Este fenómeno tem sido associado a níveis elevados de reatividade do sistema límbico, o que pode contribuir para respostas emocionais exacerbadas, numa tentativa de regulação afetiva que muitas vezes falha. Nesta perspetiva, os modelos neurobiológicos aliados a abordagens psicodinâmicas permitem compreender melhor os mecanismos subjacentes à desregulação emocional que caracteriza o transtorno (Linehan, 1993).

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Compreendendo a Perturbação da Personalidade Borderline

A Perturbação da Personalidade Borderline (PPB) é uma perturbação psicológica complexa e grave, caracterizada por padrões persistentes de instabilidade emocional, relacionamentos interpessoais conturbados, comportamentos marcadamente impulsivos e uma autoimagem distorcida.

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Relações tóxicas

A complexidade das relações humanas, onde a busca por amor, amizade e conexão por vezes se enreda em grandes desafios, há infelizmente casos, em que a linha entre o saudável e o tóxico se funde, e o vínculo que se quer como fonte de suporte e de crescimento, pode por vezes transformar-se numa fonte de solidão e sofrimento. 

A procura e o desejo de construirmos relações significativas é uma constante, sendo fundamental compreender quando num relacionamento, as atitudes e os comportamentos ultrapassam os limites saudáveis. A crítica constante, o controlo excessivo, a manipulação, a chantagem emocional, são indícios de uma dinâmica relacional disfuncional e perigosa. Lamentavelmente, embora os sinais sejam muitas vezes evidentes, algumas pessoas “escolhem” não os ver, consciente ou inconscientemente, umas vezes por medo da solidão, outras por não se sentirem capazes para o confronto, outras ainda por consideraram normativas, tais atitudes e comportamentos.

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