Outubro: Mês da Saúde Mental

O mês de Outubro está marcado como o Mês da Saúde Mental, sendo um período dedicado à conscientização e ao diálogo sobre a importância do bem-estar psicológico. No dia 10 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Saúde Mental, data promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1992, com o objetivo de aumentar a compreensão sobre as perturbações mentais e reduzir o estigma que muitas vezes impede as pessoas de procurarem ajuda.

A saúde mental vai para além da ausência de patologia, sendo definida como um estado de equilíbrio e bem-estar emocional, psicológico e social. A falta de saúde mental afeta a forma como pensamos, sentimos e agimos no nosso dia-a-dia. Problemas como depressão, ansiedade e stresse, podem ter um impacto profundo na nossa qualidade de vida e nas nossas relações pessoais e profissionais. Assim, é essencial promover a literacia em saúde, nomeadamente em saúde mental, no sentido de aumentar a conscientização e o cuidado com a mente de forma contínua, especialmente num mundo que tem enfrentado desafios como a pandemia, as crises económicas e as pressões sociais.

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Quando a criança tem medo de falhar

Algumas crianças lidam desde cedo com medos e inseguranças que podem ser motivados por diversas ordens de razão. Estes medos podem fazer com que a criança deixe de querer “arriscar” ou quando o faz, seja acompanhado por muita ansiedade, comprometendo o seu desempenho e reforçando as suas inseguranças.

Para ajudar a criança que tem medo de falhar, é muito importante, em primeiro lugar que reconheça a situação. Devemos revelar que percebemos o que se está a passar e procurar que a criança fale sobre o assunto, ou seja, que expresse a sua preocupação. Exemplos como “vejo que estás preocupado com a apresentação do teu trabalho de amanhã na escola. Vamos conversar um pouco sobre isso? Este poderá ser o ponto de partida para ajudar a criança insegura com o seu desempenho numa atividade escolar. Validar os sentimentos da criança e refletir sobre o assunto, pode também ser bastante eficaz, para que ela se consiga acalmar. “Estás muito ansioso por causa do teu trabalho, eu compreendo, por vezes é difícil ter tantas coisas na cabeça e essa matéria é realmente complexa”. Será igualmente útil ajudar a criança a processar o medo. “O que achas que pode acontecer se te enganares numa data ou num nome, quando apresentares o trabalho de História amanhã? Qual é a pior coisa que pode acontecer? E então?“.

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Ajudar a uma pessoa em processo de luto

O/a Psicólogo/a, ao ajudar um enlutado, não deve esperar reações idênticas de luto em pessoas diferentes. Deve validar as emoções intensas do indivíduo, não comparar tragédias e reconhecer o comportamento “normal” de uma pessoa em luto. O enlutado deve ser apoiado na elaboração das tarefas de autocuidado, na promoção do (re)estabelecimento de relações com outras pessoas e na identificação das mudanças verificadas no contexto. A pessoa em luto, deve ser ajudada no por vezes muito difícil processo de aprender a sobreviver sem o objeto perdido, a adaptar-se a num mundo necessariamente diferente e a lidar e resolver relações modificadas.