A Transformação Emocional de Ser Pai

Ser pai vai muito além do ato biológico de gerar um filho. Trata-se de uma transformação psicológica profunda, um processo que envolve identidade, responsabilidade e amor incondicional. A paternidade não é apenas uma função social, é um estado emocional e mental que exige adaptação, crescimento e, frequentemente, autoconhecimento.

Desde o momento em que um homem descobre que vai ser pai, inicia-se uma mudança interna. O futuro pai pode experimentar uma mistura de emoções: felicidade, medo, ansiedade e até dúvida sobre a sua capacidade de desempenhar esse novo papel. Estes sentimentos são normais e fazem parte da reestruturação mental necessária para abraçar a paternidade.

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Psicologia vs Psicoterapia: Entenda as Diferenças

A diferença entre psicologia e psicoterapia está principalmente no campo de atuação de cada uma e na especificidade dos seus processos. Embora estejam relacionadas, pois a psicoterapia é uma prática dentro da psicologia, tendo cada uma delas propósitos e definições distintas.

A psicologia é uma ciência na área da saúde mental, ampla e que estuda o comportamento humano, os processos mentais, emocionais e sociais. A psicologia investiga e avalia como as pessoas percebem o mundo, como se relacionam com ele, como sentem e pensam. Os psicólogos, profissionais formados em psicologia, podem atuar em diversos campos, como a psicologia clínica, escolar, organizacional, desportiva, forense, entre outros. Assim, a psicologia envolve tanto a pesquisa científica quanto a aplicação prática do conhecimento em várias áreas da vida humana.

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A importância do Sentido da Vida para o Bem-Estar Psicológico e para a Saúde Geral

A procura pelo significado da vida é uma questão fundamental na história da humanidade, abordada por filósofos, psicólogos e pensadores ao longo de várias épocas. A questão do propósito e do sentido de viver não se limita a reflexões teóricas, mas tem profundas implicações na saúde mental e no bem-estar psicológico. Estudos contemporâneos demonstram que a percepção de um propósito na vida está diretamente associada a melhores índices de satisfação, resiliência e saúde geral.

Viktor Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto, é uma referência incontornável neste tema. Na sua obra datada de 1946, O Homem em Busca de um Sentido, defende que a busca por sentido é uma das motivações mais profundas do ser humano. A sua teoria, conhecida como logoterapia, propõe que mesmo em circunstâncias adversas (como as que enfrentou nos campos de concentração), encontrar um significado pode ajudar a superar o sofrimento. Para Frankl, o propósito de vida não é algo que se descobre, mas algo que se cria, ao encontrar um motivo pelo qual viver, seja através do trabalho, das relações interpessoais, da espiritualidade ou mesmo de experiências transcendentais.

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Autoconhecimento e Autoconfiança: um Possível Caminho para a Aceitação Emocional

Muitos dos pedidos de ajuda que chegam à consulta de psicologia clínica, incluem as dificuldades do foro emocional, particularmente no que se refere a sentimentos de medo e ansiedade. Muitos pacientes têm grande dificuldade em experienciar e conviver com as suas experiências emocionais mais intensas e disfuncionais, pois estas vêm acompanhadas de desconforto ou até mesmo de intenso sofrimento emocional (e físico).

Uma vida ao serviço do desejo de não sentir ansiedade nem medo, especialmente quando regrada de forma rígida e inflexível, pode ter um impacto muito limitador, sendo possível que esse modo de operar defina de forma extensiva, a vida dos pacientes que chegam ao consultório à procura de ajuda” (Lucena-Santos, Pinto-Gouveia & Oliveira, 2015). Entendendo o autoconhecimento como a capacidade do indivíduo para se conhecer a si mesmo e ao seu padrão de funcionamento psicológico, é ele que possibilita o aperfeiçoamento de todas as outras competências psicológicas. “ (…) O autoconhecimento posiciona realisticamente o indivíduo no momento presente, conectando-o ao seu histórico de experiências, no qual tem origem o seu repertório comportamental, que atualmente pode exibir” (Poubel & Rodrigues, 2018). Neste sentido, um indivíduo com maturidade e realismo no que se refere ao autoconhecimento, estará em melhores condições de perceber, descrever e escolher os seus comportamentos atuais e futuros, tornando-se num agente mais ativo da sua própria história.

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Psicologia, Bem-Estar Emocional e Qualidade de Vida

O bem-estar emocional é um estado de equilíbrio que envolve a capacidade de lidar de forma eficaz com as emoções e com os desafios do dia a dia, contribuindo para uma vida mais plena e satisfatória. A psicologia desempenha um papel fundamental neste processo, oferecendo ferramentas e conhecimentos que favorecem o desenvolvimento do autoconhecimento e a adoção de estratégias adequadas à promoção da saúde mental.

Os psicólogos e as psicólogas são os profissionais de saúde capacitados para realizar uma avaliação detalhada do estado emocional do indivíduo, identificando os principais fatores que possam ter impacto no seu bem-estar, bem como avaliar no sentido de identificar a presença de doença mental Através dessa avaliação, é possível compreender melhor de que forma o stresse, os conflitos internos, as dificuldades emocionais e até o padrão de funcionamento psicológico podem afetar a qualidade de vida da pessoa. A avaliação psicológica permite também a identificação de padrões de pensamento e de comportamento, que podem contribuir para a manutenção de problemas emocionais ou até mesmo para o desenvolvimento de psicopatologia.

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Medir a criatividade

A criatividade envolve a produção de ideias originais. É um constructo abstrato que para ser estimulado tem que ser definido, avaliado e que exige uma reflexão critica uma vez que é multifatorial.

A criatividade é um processo que envolve a combinação do conhecimento já existente, numa nova forma através da aplicação de ideias antigas a novos contextos ou através da perspetivação inovadora de conhecimentos antigos, ou ainda, através de um rompimento com o passado, emprestando o que já se conhece a novos conceitos. A raiz etimológica da palavra criatividade vem do termo latim creare que significa criar, produzir, formar. Há cerca de 100 anos o estudo ou reflexão sobre a criatividade fazia-se apenas com base nas biografias de figuras eminentes. As primeiras abordagens científicas à criatividade eram abordagens dinâmicas inspiradas na teoria de Freud e a psicanálise abriu portas a interpretações criativas.

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