As férias de verão, tradicionalmente encaradas como um período de descanso e convívio familiar, podem paradoxalmente tornar-se fonte de tensão e conflito nas relações conjugais. Embora a expectativa de qualidade de tempo juntos seja elevada, a experiência real pode revelar vulnerabilidades relacionais, exacerbadas por alterações bruscas de rotina, aumento de tempo em coabitação e diferenças nas expectativas pessoais. A psicologia cognitivo-comportamental (PCC), enquanto modelo terapêutico amplamente validado cientificamente, oferece uma lente útil para a compreensão estas dificuldades e propõe estratégias eficazes de intervenção.
Continue a ler “Comunicação Eficaz nas Férias: Prevenção de Conflitos Conjugais”Etiqueta: Gestão do tempo
Impacto da Mudança de Emprego na Saúde Mental
A mudança de emprego é uma experiência que pode ter um impacto significativo na saúde mental e no bem-estar psicológico dos indivíduos. Embora a mudança esteja frequentemente associada à busca de melhores oportunidades, um ambiente de trabalho mais saudável ou uma maior satisfação pessoal, esta transição não é isenta de desafios emocionais e psicológicos.
O impacto positivo da mudança de emprego
Mudar de emprego pode ser uma oportunidade para o crescimento pessoal e profissional. Muitas vezes, essa decisão surge, por exemplo, da necessidade de ultrapassar um ambiente de trabalho tóxico, a monotonia profissional ou limitações no desenvolvimento de capacidades. Ao ingressar num novo emprego, os indivíduos podem beneficiar de uma maior motivação, devido à novidade das funções e à oportunidade de aprenderem e desenvolverem novas competências. Estas experiências positivas podem aumentar a autoestima, reduzir o stresse e proporcionar uma sensação de realização e autoeficácia. Além disso, uma mudança de emprego pode melhorar a qualidade de vida, especialmente se o novo papel oferecer melhores condições de trabalho, um salário mais justo ou maior flexibilidade horária. Estes fatores contribuem para um equilíbrio mais saudável entre a vida pessoal e profissional, promovendo o bem-estar geral (Oliveira et al., 2013).
Continue a ler “Impacto da Mudança de Emprego na Saúde Mental”A Perspetiva Psicológica da Procrastinação
A procrastinação é um fenómeno universalmente reconhecido que afeta milhões de pessoas em diferentes contextos, desde o académico ao profissional e até na vida pessoal. No entanto, sob a perspetiva psicológica, a procrastinação vai muito para além da simples “preguiça” ou da falta de disciplina. É um comportamento complexo frequentemente enraizado em fatores emocionais, cognitivos e sociais.
Do ponto de vista psicológico, a procrastinação pode ser entendida como a tendência para adiar tarefas importantes, mesmo quando isso resulta em consequências negativas. Este comportamento é, muitas vezes, impulsionado por uma luta interna entre a necessidade de agir e a resistência psicológica em fazê-lo. Um dos fatores mais comuns associados à procrastinação é o medo do fracasso. As pessoas que têm altos padrões de perfeccionismo, por exemplo, podem adiar tarefas por receio de não conseguirem executá-las de forma perfeita. Este ciclo de adiamento pode criar um ambiente de stresse e ansiedade, perpetuando o comportamento procrastinador.
Continue a ler “A Perspetiva Psicológica da Procrastinação”Como Lidar com o Burnout: Estratégias para Enfrentar a Exaustão no Trabalho
A síndrome de Burnout é uma condição de exaustão emocional, mental e física causada pelo stress prolongado e excessivo no trabalho. É uma condição psicológica de causas multifatoriais e que por isso requer uma abordagem multifacetada.
O burnout deriva de uma situação de stress crónico no trabalho, frequentemente associada a exigências excessivas, falta de controlo sobre as tarefas ou os prazos, suporte inadequado, conflitos interpessoais, desequilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, expectativas irrealistas, reconhecimento insuficiente por parte das chefias, ambiente de trabalho tóxico e pressão constante para o alto desempenho. Estes fatores combinados podem levar à exaustão emocional e física. Para lidar de forma adaptativa com a síndrome de burnout, deverão ter-se em consideração os seguintes pontos chave:
1. Reconhecer os Sinais
Identificar os sinais de burnout é o primeiro passo. Estes podem incluir cansaço extremo, falta de motivação, irritabilidade, problemas de concentração e diminuição da produtividade laboral, entre outros.
Continue a ler “Como Lidar com o Burnout: Estratégias para Enfrentar a Exaustão no Trabalho”As crianças e a gestão do tempo

Uma das estratégias mais eficazes para o aumento da produtividade é a adequada gestão do tempo. Se para os adultos, o seu quotidiano beneficia de uma boa gestão do tempo, esta competência não é menos importante e benéfica, quando se trata de crianças e de adolescentes.
A gestão do tempo é um fator relevante e muitas vezes apontado pelos mais novos como uma dificuldade e preocupação. As crianças e adolescentes vêm-se confrontadas com múltiplas tarefas e exigências, que incluem a escola, a família, as atividades extracurriculares e as exigências sociais, fundamentais para um ótimo desenvolvimento enquanto seres humanos. Aprender a gerir o tempo é muito importante, não apenas para que consigam dar resposta adequada a todas as solicitações, mas também para que o tempo possa ser aproveitado com qualidade e para que haja um bom ajustamento psicossocial.

A gestão do tempo é um processo de priorização e organização de tarefas que envolve o seu planeamento e execução, orientados para o melhor aproveitamento do tempo investido nas mesmas, tendo como resultado uma maior produtividade e eficiência. O modelo de gestão do tempo de Lakein, é um modelo simples que sugere 3 fases distintas. Na 1ª fase o objetivo é incentivar a criança/adolescente a definir o que é mais importante para si, de modo que consiga determinar os seus objetivos a alcançar, ou seja, definir prioridades. Na 2ªfase, a criança/adolescente deverá definir tarefas para conseguir realizar de forma bem-sucedida as prioridades que estabeleceu, ou seja, o que é que precisa de fazer para atingir determinado objetivo. Na 3ª fase, a criança/adolescente deverá ser orientada na divisão do seu tempo disponível e na sua distribuição pelas tarefas definidas, começando pelas prioritárias.

Podemos entender a gestão do tempo como uma estratégia para hierarquizar os objetivos pelo seu grau de prioridade, pela definição das tarefas, pela sua execução e monitorização do seu progresso. Treinar este tipo de estratégias e aplicá-las às exigências do quotidiano tem certamente efeitos benéficos ao nível do autoconceito, autoeficácia, autoestima e satisfação, mas também na redução dos níveis de ansiedade, que podem por vezes comprometer o bom desempenho. Ao aprender a gerir o tempo, a criança/adolescente deverá contemplar não só as tarefas inerentes àquilo que gosta e deseja fazer, mas também as tarefas decorrentes de obrigações pessoais ou sociais. O desequilíbrio entre estas duas áreas pode tornar irrealista a divisão do tempo e a sua eficácia. A objetividade é um fator muito relevante quando se trata de gerir o tempo, ou seja, todas as tarefas devem ser claras e concretas no sentido da criança/adolescente saber exatamente o que tem que fazer e como fazer, para que se torne fácil estabelecer o limite de tempo necessário a cada uma delas.

Sabemos que os imprevistos acontecem, e daí a importância de haver um plano B. Deverá ser definido um plano de ação para lidar com as situações inesperadas. Gerir bem o tempo é não só cumprir com o planeado mas também saber ajustar o seu plano, sendo flexível perante o imprevisto, sem que algumas tarefas tenham que ficar para trás. Dar mais tempo ao tempo, poderá ser uma forma de ter tempo para se lidar com o inesperado não descurando outros afazeres. Prever no planeamento do tempo intervalos que permitam incluir novas atividades sem que seja necessário sacrificar outras mais importantes, pode ser o ideal!

A vida não é o que o tempo vai fazendo connosco, mas sim o que escolhemos fazer com o nosso tempo!
Fonte:
Lakein, A. (1973). How to get control of your time and your life. New York: New American Library.
Gerir o tempo
Uma das estratégias mais eficazes para o aumento da organização e da produtividade é a correta gestão do tempo. Assim parece ser consensual que na vida do dia-a-dia, as pessoas possam retirar benefícios de uma boa gestão do seu tempo. E em relação ás crianças e adolescentes? Será igualmente importante que aprendam a fazer essa gestão no sentido de verem incrementada a sua produtividade, por exemplo, em termos de desempenho escolar?
A gestão do tempo é sem dúvida um fator relevante e muitas vezes apontado pelos mais novos como uma preocupação. Hoje em dia, as crianças e adolescentes vêm-se “a braços” com múltiplas tarefas e exigências que incluem a escola, a família, as atividades extracurriculares desportivas ou de lazer e as exigências sociais, fundamentais para um ótimo desenvolvimento enquanto seres humanos. Assim, torna-se cada vez mais importante a gestão do tempo, não apenas no sentido de o “fazer chegar” para tudo, mas também para que este possa ser aproveitado com qualidade e para que haja um bom ajustamento psicossocial. Continue a ler “Gerir o tempo”



