Envelhecimento e capacidades cognitivas: Memória

Memória

A memória é a função superior mais estudada no âmbito do envelhecimento normal. Estudos sobre plasticidade cognitiva revelam que o cérebro consegue modificar-se e adaptar-se através da utilização de programas de treino e estimulação cognitiva, o que pode levar à preservação de um bom nível de eficiência das pessoas idosas, bem como pode permitir a recuperação de processos cognitivos já afectados.

A memória implícita ou processual é pouco afectada pela idade, assim como a memória sensorial. Já a memória de trabalho, que diz respeito a manter disponível um conjunto de informação enquanto é processada outra informação, é mais afectada, pois exige processos mais complexos associados à linguagem, armazenamento visuo-espacial e controlo da atenção (componente que mais intervém na memória de trabalho).

A dificuldade de localizar o acontecimentos no “quando” e “onde” relaciona-se também com a memória episódica. É ao nível da memória episódica que se encontram maiores perdas existindo poucas perdas ao nível da memória semântica. Ao nível da memória a longo prazo há uma reconstrução das experiências que são relatadas com alguma fluência mas com dificuldade em recordar pormenores.

O treino cognitivo consiste num conjunto de estratégias e técnicas que se ensinam e praticam com o objectivo de optimizar a função cognitiva do indivíduo. Este treino pode incluir cálculo mental, exercícios de atenção, linguagem, orientação espacial e orientação temporal. Estudos sobre plasticidade cognitiva apontam para que nos idosos saudáveis haja uma melhoria substancial do seu rendimento cognitivo, após intervenção com base no treino e estimulação das áreas cognitivas.

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