Perturbação do desenvolvimento intelectual

Perturbação do desenvolvimento intelectualA perturbação do desenvolvimento intelectual é uma condição complexa. O seu diagnóstico envolve a compreensão da acção combinada de quatro grupos de factores: etiológicos, comportamentais, sociais e educacionais.

Segundo a American Association on Mental Retardation (AAMR), a perturbação do desenvolvimento intelectual é caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, revelado nas capacidades práticas, sociais e conceptuais da criança, que se manifestam durante o período do desenvolvimento (até aos 18 anos). Importa salientar que esta dificuldade não é representativa da criança em si mesma mas sim do estado do seu funcionamento.

Para o diagnóstico deste tipo de perturbação, deverão ser tidos em consideração três critérios: o funcionamento intelectual, o comportamento adaptativo e a idade de início das manifestações ou sinais reveladores de atraso no desenvolvimento. Assim, é necessário que as limitações identificadas pelos instrumentos e técnicas de avaliação sejam quantificadas de modo a permitirem a comparação com o grupo de referência. Isto é, os resultados obtidos através da avaliação deverão ser comparados com os valores do grupo de referência em relação ao qual a criança é avaliada (ex. idade/estádio do desenvolvimento), com os padrões de referência do contexto bem como com a natureza das exigências sociais.

A perturbação do desenvolvimento intelectual não é uma doença e por isso não tem cura. É preciso sim, aprender a lidar com as dificuldades da criança e principalmente dar-lhe o tempo necessário para que faça as suas aquisições, certamente mais lentas que as outras crianças sem este tipo de perturbação ou outras. A maioria das crianças com deficiência intelectual consegue aprender a fazer muitas coisas úteis para si mesmas, para a família, para a escola e para a comunidade mas a regra é mesmo essa, mais tempo!

Perturbação do desenvolvimento intelectualOs pais e professores deverão ser sensíveis a este facto e procurar informação e orientação no sentido de entenderem o que se passa com aquela criança e de que forma a podem ajudar a ter sucesso. Comece por incentivar a criança a ser independente, ou seja, ajude-a a aprender competências do dia-a-dia, como por exemplo a tomar banho, vestir-se e comer sozinha. Se no início pode parecer tarefa impossível, com o passar do tempo e a sua dedicação a criança acabará por aprender e executar essas tarefas de forma autónoma. Explique-lhe as vezes que forem necessárias, mostre-lhe como se faz, seja o seu modelo e ajude sempre que necessário, para que o seu filho tenha sucesso na tarefa.

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