Avaliação funcional do idoso

Avaliação idososA velhice normal pode ser entendida como um estado em que não há doença física ou psicológica, apesar de se constituir como um processo progressivo e irreversível, que afecta a capacidade de adaptação do indivíduo e do seu organismo às actividades de vida diária e ao contexto.

A velhice patológica é caracterizada por doenças, muitas vezes crónicas, que comprometem essa mesma capacidade de adaptação do idoso, impedindo por vezes o controlo da sua própria vida e a manutenção da sua autonomia e independência. Se no idoso se observarem capacidades psicológicas e biológicas que permitem uma adaptação satisfatória às suas vivências pessoais e sociais, podemos dizer que está num processo de envelhecimento óptimo.

Avaliação idososDe modo a se poder caracterizar o processo de envelhecimento e delinear estratégias de intervenção e acompanhamento psicológico com o idoso, torna-se necessária uma avaliação cuidada e multidimensional, levando em conta os aspectos referentes a problemas médicos, psicossociais, funcionais e do contexto). A avaliação do funcionamento adaptativo do idoso assume uma maior relevância no sentido em que permite avaliar a capacidade que o indivíduo possui para realizar as suas actividades do dia-a-dia: básicas (ex. tomar banho, vestir-se, alimentar-se), instrumentais (ex. ir às compras, manipular dinheiro, cozinhar), assim como a sua participação ao nível social (ex. apoio a terceiros, saídas, convívios). Esta avaliação irá permitir determinar se o idoso se encontra apto desempenhar de forma autónoma as actividades diárias, ou se pelo contrário se encontra em risco e a necessitar de apoio. Assim será possível levar a cabo acções de prevenção/intervenção no sentido de aumentar a qualidade de vida da pessoa.

Avaliação funcional dos idososA avaliação inclui a observação direta, a entrevista clínica e o recurso a instrumentos de autorrelato (questionários) e/ou relato por parte de terceiros que estejam em proximidade com o idoso e que possam ser bons informadores. O psicólogo deverá ser sensível aos pontos fortes e pontos fracos de cada método que utiliza e tentar verificar a convergência da informação obtida pelas diversas metodologias, tendo presente a diferenciação entre doença e alterações fisiológicas normativas associadas ao processo de envelhecimento, de modo a obter uma avaliação e um diagnósticos precisos.

Avaliação idososA intervenção com idosos deverá, à semelhança das pessoas noutras faixas etárias, respeitar a singularidade do indivíduo. Para uma maior eficácia, a intervenção com os cuidadores pode ser uma combinação útil, através da aplicação de programas psicoeducativos, acompanhamento psicológico individual ou grupal, que visam reduzir o impacto das dificuldades e das limitações do idoso no contexto familiar/social em que está inserido.

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