Falar da educação dos nossos filhos é falar de um tema sensível e por vezes difícil, uma vez que todos queremos fazer o melhor mas nem sempre sabemos como. Se por um lado não existem pais perfeitos, por outro lado também não existem crianças perfeitas. No entanto, pais e filhos podem relacionar-se de forma harmoniosa, amorosa e feliz, respeitando-se mutuamente.
Para que mantenha com os seus filhos uma relação tranquila, agradável e prazerosa, há que nunca esquecer a palavra equilíbrio, e para que haja equilíbrio, é necessário haver disciplina, regras e limites. Disciplinar significa ensinar: ensinar o que fazer, como fazer e quando fazer. Corrigir comportamentos desadequados, dar alternativas e ao mesmo tempo respeitar a perspetiva da criança ou do adolescente, pode ser a chave para o sucesso. Porém, estabelecer limites e fazer cumprir as regras pode não ser tarefa fácil. Uma das formas que pode tornar a tarefa mais acessível é dar o exemplo. As crianças também aprendem por imitação e os pais são os seus modelos mais próximos. Será muito difícil exigir que um filho mantenha o telemóvel fora da mesa do jantar, se os próprios pais passarem a hora da refeição ligados aos seus aparelhos. Este é apenas um exemplo, mas modelar um comportamento pode ser muito mais do que isto. Modelar é dar o exemplo, é fazer bem e ensinar como fazer bem, para que a criança possa aprender com o que vê fazer.
Ao estabelecer um limite como por exemplo, a hora de deitar, faça por cumprir de forma consistente. Isto é, se colocou as 22 horas como hora limite para o seu filho se deitar, então, cuide para que todas as tarefas estejam cumpridas a essa hora, diariamente. Certifique-se que essa é uma hora razoável e que deitando-se a essa hora a criança tem pelo menos 9 horas de sono garantidas. Se por qualquer razão tiver que alterar a hora de deitar da sua criança, explique as razões e tente que essa situação seja apenas pontual. Os limites são fundamentais para que a criança estruture o seu pensamento e se adapte às suas rotinas. É muito importante que a criança saiba exatamente até onde pode ir.
As ameaças são uma estratégia a evitar. No momento de fazer cumprir os limites ou as regras estabelecidas, seja meigo mas firme, e, principalmente não volte com a sua palavra atrás, salvo raras exceções, é claro. Quem nunca cedeu a um pedido? Mas a cedência deverá ser ela própria uma exceção e não a regra, pois a criança precisa de saber com o que conta para que se sinta segura. Uma vez estabelecido um determinado limite ou regra, explique o porquê mas evite justificações excessivas. E sobretudo não se sinta culpado sempre que não fizer todas as vontades do seu filho. O facto de por vezes ter pouco tempo para estar com ele, por causa das inúmeras exigências profissionais e domésticas, não quer dizer que não possa passar tempo de qualidade com a sua criança. Passar pouco tempo com as crianças não é motivo para não fazer cumprir as regras pré-estabelecidas.
Então e prémios ou recompensas? Se por um lado o reforço aumenta a probabilidade da ocorrência de um determinado comportamento, por outro lado, recompensar por tudo e por nada, não é o mais recomendado. Ou seja, se cada vez que o seu filho cumprir com algo tiver direito a uma compensação, a criança vai acabar por cumprir apenas pela recompensa e não porque acha que aquele é o modo correto de agir. Promova a motivação intrínseca da sua criança e mostre-lhe que os bons comportamentos são motivo de orgulho e de satisfação para os pais e não motivo para receberem prendas ou cedências.
Educar e disciplinar requerem muito empenho, trabalho e paciência. Para levar a tarefa a bom porto, a paciência é essencial. Perante um mau comportamento da criança, por vezes os pais tendem a reagir, ou seja, a agir de imediato, de forma irrefletida. E quando não se pensa e se age por impulso, a atitude que se toma nem sempre é a melhor. Uma reação irrefletida por vezes leva a comportamentos agressivos, que podem ser eficazes no momento, mas por norma não evitam que o mau comportamento volte a ocorrer. A punição pela violência não ensina nada de bom. Pode mesmo parar o comportamento naquele momento mas apenas ensina que os problemas podem ser resolvidos com recurso à violência, e esse não é com certeza um ensinamento que quer que o seu filho leve para a vida… Procure usar a sua paciência o melhor que conseguir. Pare um pouco para pensar, para se acalmar. Se despender apenas alguns segundos para se autorregular perante uma birra, por exemplo, terá a oportunidade de refletir um pouco acerca do que está a acontecer e decerto a sua resposta será mais adequada.
Estas são apenas algumas dicas para pensar sobre o assunto de educar e de disciplinar. Em suma, ser um bom exemplo a seguir, ensinar sempre um comportamento alternativo para que a criança possa não só saber o que não deve fazer, mas principalmente para que aprenda como fazer bem. Por outro lado, elogiar é sempre importante, reforça um comportamento positivo e recompensa um esforço da criança, mas as recompensas constantes, principalmente as recompensas materiais, devem ser evitadas ou apenas pontuais. Por fim, a paciência pode ser uma grande aliada. Contar até 5, respirar fundo ou até mesmo sair da situação por uns instantes pode ajudar a que responda de forma adequada à situação, ao invés de reagir impulsivamente.
Ensinar, respeitar e amar são ingredientes fundamentais na receita de uma família feliz!
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