A autoestima á luz da psicologia

A autoestima tem um papel fulcral no bem-estar emocional e na saúde mental dos indivíduos. Em psicologia, prioriza-se a compreensão do que é a autoestima e os seus pilares fundamentais, bem como se procura promover o seu fortalecimento, no sentido de potenciar um maior equilíbrio emocional e aumentar a satisfação com a vida.

Podemos entender a autoestima como a avaliação subjetiva que cada indivíduo faz de si próprio, isto é, a forma como se valoriza e se sente digno. A autoestima vai-se construindo ao longo da vida, sendo influenciada por experiências passadas, pelas relações com os outros, pelos sucessos e conquistas pessoais, mas também por acontecimentos negativos e pela forma como cada indivíduo lida com esses acontecimentos. Compreender a autoestima é reconhecer que ela não é uma entidade estática, é um processo dinâmico que se altera e evolui ao longo do ciclo de vida.

Ter uma boa autoestima, o que é afinal?

Ter autoestima significa que nos aceitamos e valorizamos, independentemente das circunstâncias externas a nós mesmos. Ter autoestima implica sentirmo-nos competentes, capazes, amados e preparados para lidar com os desafios da vida. Pessoas com boa autoestima reconhecem as suas capacidades e manifestam uma atitude positiva em relação ao si próprias. Em contraponto, pessoas com baixa autoestima, tendem a questionar-se acerca das suas capacidades, a sentirem-se por vezes indignas do amor dos outros e a revelar dificuldade para lidar com as críticas. A baixa autoestima pode influenciar fortemente a nossa relação com os outros, condicionar de forma negativa as nossas escolhas e prejudicar a nossa saúde mental.

A autoestima assenta em 4 pilares fundamentais relacionados entre si: autoaceitação, autoconfiança, autonomia e relacionamentos positivos. O primeiro pilar, a autoaceitação, implica aceitarmo-nos como somos, com todas as nossas forças ou virtudes mas também com as nossas fraquezas ou limitações. Isto é fundamental para construir uma autoestima de base sólida. Envolve identificar, reconhecer, compreender e abraçar as nossas características que podem ser consideradas difíceis ou desafiantes, visando sempre o nosso crescimento e o desenvolvimento enquanto seres humanos.

O segundo pilar da autoestima é a autoconfiança, que pressupõe acreditarmos nas nossas habilidades e competências, de modo a definirmos objetivos realistas, a celebrarmos os nossos sucessos (ainda que pequenos) e a aprender com os desafios. A autonomia é o terceiro pilar para a construção de uma boa autoestima. Ser autónomo significa sermos capazes de tomar decisões e de fazer escolhas que vão ao encontro dos nossos valores e metas. Se tivermos uma boa autoestima vamos sentir que temos o controlo sobre muitas dimensões das nossas vidas, ao passo que com baixa autoestima, há maior tendência para sentimentos de impotência e paralisantes, perante as mais diversas circunstâncias.

Por fim, o último pilar da autoestima tem a ver com os relacionamentos positivos. O papel que desempenham os nossos relacionamentos e interações pessoais é crucial para a formação da autoestima. Relações saudáveis e prazerosas podem contribuir fortemente para uma autoimagem positiva, ao passo que relacionamentos tóxicos e negativos podem prejudica-la e fazer baixar drasticamente a autoestima.

Aceitar-se, ter confiança em si mesmo, ser autónomo e rodear-se de pessoas boas, fará com que a sua autoestima se fortaleça e a vida lhe sorria mais!

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