Cansados da pandemia, cansados do confinamento

Após quase um ano de pandemia por Covid-19 em Portugal, o cansaço está a apoderar-se de muitos de nós. É um cansaço físico por redução da atividade, mas essencialmente psicológico devido às constantes adaptações às mudanças que nos foram impostas e que em tanto alteraram o nosso quotidiano.

Depois de terminarmos o fatídico ano de 2020 que tanta mudança operou nas nossas vidas, vimo-nos, ao contrário do que muitos esperávamos, confrontados com uma situação de aumento de casos de infeção por Covid-19 e consequentemente, um aumento de mortes e hospitalizações muito preocupante que puseram à prova a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde e dos decisores políticos. Bem ou mal, depende do entender de cada um, o confinamento foi decretado novamente e voltamos a ficar impedidos de levar as nossas vidas, com a “normalidade” a que já nos estávamos a habituar… Mas pelos dados que vão chegando ao nosso conhecimento, o confinamento está a ter eficácia, quer pelo decréscimo de número de novos infetados que se tem vindo a observar nos últimos dias, quer por algum desafogo nas unidades de cuidados intensivos. No entanto, não deixa de ser penoso, preocupante e altamente stressante o esforço que cada um de nós está a fazer para se manter confinado.

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Isolamento profilático, ficar em casa…

Nestes tempos de pandemia a expressão “isolamento profilático” tornou-se muito comum. Todas as pessoas que tiveram contacto considerado de risco com pessoas infetadas com Covid-19, devem, por indicação das autoridades de saúde, ficar em isolamento profilático no domicílio, com todo o transtorno e os desafios que isso implica.

O isolamento profilático pressupõe que se fique em casa, mantendo o distanciamento social, o que significa que o quotidiano fica temporariamente alterado (cerca de 10 a 14 dias), sendo necessária uma adaptação à situação mas com uma limitação das atividades disponíveis. Sair para passear, ver um espetáculo, visitar amigos, partilhar refeições com familiares ou outras atividades que impliquem a socialização estão temporariamente desaconselhadas. Assim, há que ser criativo, resiliente e paciente e descobrir em si mesmo a capacidade de reorganizar o seu dia-a-dia, de acordo com as limitações e de descobrir novas formas de estar e de se relacionar com os outros.

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