Psicologia, solidariedade e apoio social

Nesta fase tão conturbada de conflito armado e com o número de refugiados de guerra na Europa a aumentar diariamente, torna-se pertinente falar de solidariedade e apoio social. A psicologia social estuda os processos inerentes ao apoio social e explica as diversas formas e fatores com ele relacionados, bem como os seus benefícios.

O relacionamento com os outros está omnipresente na vida e no quotidiano dos indivíduos. Ao conjunto de pessoas com quem temos uma relação significativa podemos chamar rede de apoio social. Em psicologia, as redes de apoio social mais estudadas são as redes egocêntricas, isto é, as redes centradas numa pessoa específica que é alvo de interesse. Existem várias formas para definir apoio social, uma delas é dizermos que corresponde à quantidade e coesão das relações sociais que rodeiam de um modo dinâmico um indivíduo (Vaz Serra, 1999). É um processo interativo que visa o bem-estar físico e psicológico. O contacto social promove a saúde e o bem-estar e tem provavelmente uma função de regulação da resposta emocional perante os vários fatores causadores de stresse (Coan, J. A., Schaefer, H. S., & Davidson, R. J., 2006).

Continue a ler “Psicologia, solidariedade e apoio social”

Falar da guerra aos mais novos

As notícias e imagens de guerra que diariamente chegam às nossas casas, podem afetar de forma muito significativa os pensamentos e sentimentos de crianças e adolescentes. Mesmo relativamente longe, assistir aos conflitos armados que acontecem neste momento, pode comprometer a necessidade dos mais novos verem o mundo como um lugar seguro e previsível.

A atual guerra entre a Rússia e a Ucrânia faz com que cheguem diariamente às nossas casas imagens e relatos do conflito, que por um lado nos mantêm informados e por outro lado nos provocam stresse e ansiedade. Sem que muitas vezes consigam compreender o que se está a passar, as crianças/adolescentes podem ser particularmente sensíveis a esta situação, que pode ser verdadeiramente aterrorizadora. As imagens dos bombardeamentos e destruição, dos feridos, das pessoas a fugirem desesperadas e os relatos emocionados quer de repórteres, quer dos refugiados podem provocar medo, sofrimento ou confusão. A nós pais e educadores, cabe-nos procurar proteger as crianças e ao mesmo tempo encoraja-las a serem curiosas em relação ao que se passa no mundo. Como podemos então desempenhar essa tarefa tão difícil?

Continue a ler “Falar da guerra aos mais novos”