Férias de Verão: Birras e Comportamentos Difíceis

As férias de verão são uma época esperada com entusiasmo, especialmente para as crianças, que veem este período como uma oportunidade para relaxar, brincar e desfrutar de tempo livre. No entanto, para os pais, as férias podem trazer desafios inesperados, incluindo birras e comportamentos difíceis.

As birras são manifestações de frustração, raiva ou desconforto, e são comuns em crianças pequenas que ainda estão a aprender a regular as suas emoções e a expressar as suas necessidades de maneira adequada. Durante as férias de verão, são vários os fatores que podem desencadear birras. Entre os mais comuns estão a mudança de rotina, uma vez que em período de férias são muitas vezes alteradas as rotinas diárias das famílias e das crianças, o que lhes pode causar insegurança e desconforto. A ausência de horários fixos para refeições, sono e atividades pode aumentar a probabilidade da ocorrência de birras e comportamentos desadequados.

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Quando a criança tem medo de falhar

Algumas crianças lidam desde cedo com medos e inseguranças que podem ser motivados por diversas ordens de razão. Estes medos podem fazer com que a criança deixe de querer “arriscar” ou quando o faz, seja acompanhado por muita ansiedade, comprometendo o seu desempenho e reforçando as suas inseguranças.

Para ajudar a criança que tem medo de falhar, é muito importante, em primeiro lugar que reconheça a situação. Devemos revelar que percebemos o que se está a passar e procurar que a criança fale sobre o assunto, ou seja, que expresse a sua preocupação. Exemplos como “vejo que estás preocupado com a apresentação do teu trabalho de amanhã na escola. Vamos conversar um pouco sobre isso? Este poderá ser o ponto de partida para ajudar a criança insegura com o seu desempenho numa atividade escolar. Validar os sentimentos da criança e refletir sobre o assunto, pode também ser bastante eficaz, para que ela se consiga acalmar. “Estás muito ansioso por causa do teu trabalho, eu compreendo, por vezes é difícil ter tantas coisas na cabeça e essa matéria é realmente complexa”. Será igualmente útil ajudar a criança a processar o medo. “O que achas que pode acontecer se te enganares numa data ou num nome, quando apresentares o trabalho de História amanhã? Qual é a pior coisa que pode acontecer? E então?“.

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Imagem corporal e perturbações alimentares na infância

Perturbações alimentáres

O excesso de peso tem nos dias de hoje uma expressão significativa nas nossas crianças e jovens, no entanto, muitas das crianças que procuram perder peso nem sempre têm peso a mais, assim como as que querem engordar nem sempre têm peso a menos. A preocupação com a imagem corporal, principalmente na fase da infância e da adolescência, tem a ver com o modo como a criança se vê, isto é, como julga a sua aparência.

Um fator de extrema importância para o desenvolvimento das perturbações do comportamento alimentar, mais comuns nas raparigas, é a maneira como estas se vêm, ou seja, a imagem que têm de si mesmas. Por vezes, uma imagem distorcida da realidade pode ser interpretada como a necessidade de a alterar e pode conduzir a perturbações sérias, que podem pôr em risco não só a saúde como a própria vida. Uma criança/adolescente que se vê gorda, ainda que possa ter o peso adequado à sua idade e estatura, é uma criança em risco. As meninas, ao entrarem na fase da puberdade começam a apresentar formas mais arredondadas e um aumento da gordura corporal que é normativo. Porém, muitas vezes influenciadas por modelos de magreza, que podem ser as suas amigas ou figuras mediáticas veiculadas através dos meios de comunicação social, passam a ter uma imagem de si mesmas que lhes desagrada e que consideram indesejável, embora faça parte do seu desenvolvimento normal. Continue a ler “Imagem corporal e perturbações alimentares na infância”

Adolescência e ansiedade social: as possíveis consequências

Adolescentes e ansiedade socialDe um modo relativamente consistente, precoce e estável, as manifestações de ansiedade social revelam-se desde a infância, tornando-se tendencialmente mais expressivas e intensas na fase da adolescência.

A adolescência é um período da vida em que há uma particular vulnerabilidade à ansiedade social. As manifestações deste tipo de ansiedade interferem no desempenho do adolescente no que diz respeito às suas relações sociais mas também na realização de tarefas e atividades do quotidiano. Tendo as relações sociais uma especial relevância nesta etapa da vida, a ansiedade social pode ter uma influência de tal modo negativa que poderá afetar o indivíduo de forma permanente, se não for tratada. Tanto a relação do jovem com os outros quer o seu desempenho público, como por exemplo a apresentação oral de trabalhos em contexto escolar, podem ser fortemente prejudicados pela ansiedade, sempre que este se sente de alguma forma avaliado. Continue a ler “Adolescência e ansiedade social: as possíveis consequências”