Desafios e Mudanças no Tratamento das Perturbações do Comportamento Alimentar

Em psicologia clínica, no acompanhamentos de indivíduos com Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA), são muitos os desafios lançados à pessoa doente. Nenhum é fácil de aceitar, uma vez que implicam mudanças comportamentais difíceis de implementar, principalmente devido à típica inflexibilidade cognitiva do doente, mas também aos padrões rígidos de funcionamento que “cimentaram” hábitos desajustados e difíceis de reverter.

O pensamento rígido, fortemente associado aos indivíduos com PCA, dificulta que estes consigam contemplar perspetivas diferentes acerca de si próprios, da doença e do processo de tratamento, que visa sobretudo modificar a forma de pensar, de sentir e de se comportar. Por isso, não há “volta a dar” e sem mudança não há melhorias… O processo de mudança tem como objetivo final o reconhecimento e a consciência da sensação de fome e saciedade de modo a permitir que a pessoa possa fazer uma alimentação mais intuitiva, ao invés de seguir uma regra rígida que imponha os momentos de comer e do que comer.

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Hiperatividade e défice de atenção, como diagnosticar?

A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é uma perturbação do desenvolvimento cerebral caracterizada por 3 sintomas principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Ouvimos muitas vezes dizer que hoje em dia há muitas crianças hiperativas ou com défice de atenção, e que muitas delas estão medicadas, o que por vezes causa grande preocupação e estranheza. No entanto, a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é uma das patologias mais prevalentes na infância. Porém por vezes, pode não estar bem diagnosticada, ou seja, podemos hipervalorizar alguns comportamentos das crianças ou pelo contrário, desvalorizar outros tantos, como que se estivéssemos em negação do problema. Os profissionais de saúde qualificados para avaliar este tipo de patologias são os psiquiatras e os psicólogos. Para apoiar numa correta avaliação, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) definiu no seu Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-V), os vários critérios a levar em consideração numa correta avaliação da PHDA.

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Piromania: o fascínio pelo fogo

A piromania é uma perturbação do foro mental, cuja principal característica é o fascínio de um indivíduo por atear fogo, nos mais variados tipos de objetos ou por iniciar incêndios, de maior ou menor extensão.

O indivíduo que reúna os critérios de diagnóstico de piromania necessita de ser acompanhado em psiquiatria, uma vez que o seu desejo por atear fogo pode provocar um comportamento impulsivo que o leva a iniciar pequenos incêndios sem que se consiga controlar. Este desejo e fascínio pelo fogo coloca em risco a vida do indivíduo e a de outras pessoas, bem como os bens materiais e ambientais. O pirómano demonstra sentir um grande prazer em atear fogo, planear o ato e colocar em prática cada etapa prévia do incêndio.

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