Psicologia, solidariedade e apoio social

Nesta fase tão conturbada de conflito armado e com o número de refugiados de guerra na Europa a aumentar diariamente, torna-se pertinente falar de solidariedade e apoio social. A psicologia social estuda os processos inerentes ao apoio social e explica as diversas formas e fatores com ele relacionados, bem como os seus benefícios.

O relacionamento com os outros está omnipresente na vida e no quotidiano dos indivíduos. Ao conjunto de pessoas com quem temos uma relação significativa podemos chamar rede de apoio social. Em psicologia, as redes de apoio social mais estudadas são as redes egocêntricas, isto é, as redes centradas numa pessoa específica que é alvo de interesse. Existem várias formas para definir apoio social, uma delas é dizermos que corresponde à quantidade e coesão das relações sociais que rodeiam de um modo dinâmico um indivíduo (Vaz Serra, 1999). É um processo interativo que visa o bem-estar físico e psicológico. O contacto social promove a saúde e o bem-estar e tem provavelmente uma função de regulação da resposta emocional perante os vários fatores causadores de stresse (Coan, J. A., Schaefer, H. S., & Davidson, R. J., 2006).

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Estereótipos, massificação e futebol

O uso de estereótipos pode ser entendido como um comportamento funcional e adaptativo, uma vez que é com frequência uma forma de tornar mais rápida e simples a nossa visão do mundo, julgando pessoas ou situações em termos de categorias.

Ao utilizar estereótipos libertamos recursos cognitivos para o desempenho de outras tarefas mentais, uma vez que estes servem para simplificar a perceção, o julgamento e a ação. Como vivemos sobrecarregados de informações, tendemos a nos poupar a gastos desnecessários de tempo e energia cognitiva e utilizamos os estereótipos como atalhos para entender o complexo mundo que nos rodeia. Se utilizarmos muitos recursos cognitivos na elaboração de uma tarefa, ficarão obviamente poucos recursos disponíveis para as outras, logo, a utilização de estereótipos vai fornecer um quadro de referências mentais através das quais podemos codificar e organizar a informação de uma forma mais rápida, menos elaborada e importante na resolução de problemas.

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Sociedade, cultura e mudança de atitudes

Atitudes são avaliações que fazemos de ideias, pessoas ou objetos e traduzem-se numa reação positiva ou negativa a algo. Mudar atitudes e mudar comportamentos é comum e por vezes bastante necessário à nossa adaptação aos vários contextos de vida.

A Psicologia Social tem por base o estudo da influência do meio social e das interações sociais no pensamento, sentimento e comportamento humano. Do nascimento à morte, o ser humano vive em sociedade e sobrevive pela sua interação com os outros, nos vários contextos em que se insere, construídos e modificados de modo a darem respostas às suas necessidades. O meio social interfere no comportamento e nas capacidades humanas como a memória, a personalidade ou a inteligência. Consoante a cultura em que nascem, os indivíduos ocupam-se, vestem-se, alimentam-se e relacionam-se de formas diferentes. Até em termos de valores e de moral, os cânones sociais diferem entre si, em termos de justiça, diversão, conceito de estética ou do que é certo ou errado.

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