O isolamento forçado

Em tempos de pandemia, situação que já não vai sendo nova e com os números de infetados a aumentar, podemo-nos ver a qualquer momento obrigados a entrar em isolamento, quer por apresentarmos sintomatologia suspeita de Covid-19, quer por termos tido conhecimento de ter havido contacto próximo com alguém infetado.

No sentido de ajudar as pessoas que se possam encontrar nesta situação, deixo aqui algumas dicas, que podem ser úteis, quer a nível da manutenção da nossa saúde física, quer para a preservação da nossa saúde mental. Assim, torna-se necessário dar atenção á alimentação. Uma alimentação equilibrada é sempre recomendável em todas as fases da vida. Numa situação de recolhimento, em que a atividade física e as rotinas habituais inevitavelmente se veem alteradas, a alimentação assume um papel ainda mais importante. Privilegie os alimentos naturais, frutas e legumes, que pelo facto de serem ricos em fibras, minerais, antioxidantes e vitaminas, vão certamente contribuir para o bom funcionamento do seu corpo e para uma mais rápida recuperação, no caso de estar doente.

Também o exercício físico não deve ser descurado. Se por um lado há uma obrigatoriedade de ficar em casa, por outro lado, mexer-se é fundamental. Então, e sabendo que nem todas as pessoas têm um espaço exterior exclusivo, é necessário que se exercite mesmo dentro de casa. Na internet há inúmeros recursos disponíveis que se podem acompanhar para que possamos fazer algum exercício. O chão da sala pode por momentos tornar-se num espaço de “ginásio” e as escadas do prédio poderão também ser utilizadas em horários em que não haja circulação de outros residentes. Se tiver crianças a partilhar o seu espaço e a situação o permitir, poderá desenvolver atividades conjuntas que o obriguem a mexer-se.

A informação é importante mas o excesso de informação pode esgotar ou fazer aumentar o seu estado de ansiedade. Procure manter-se atualizado, no entanto evite ver e ouvir notícias todo o dia. Aprenda também a selecionar as fontes noticiosas pois um tipo de jornalismo mais alarmista nem sempre é o mais adequado e certamente não é tranquilizador. Por outro lado, mantenha-se em contacto com os seus familiares e amigos. Aproveite os meios que hoje em dia todos temos disponíveis e telefone aos seus amigos, envie mensagens, desenvolva ou participe em grupos de chat, e comunique com aqueles que lhe são significativos. Irá certamente sentir-se menos aborrecido, mais acompanhado, distraído e as suas preocupações e a sua ansiedade terão tendência a reduzir.

Procure momentos de diversão e relaxamento. Ler, ouvir música, ver filmes e séries, escrever, são exemplos de atividades que podem ser prazerosas. Como cada qual sabe de si, ou seja, cada pessoa tem os seus gostos e interesses, procure tarefas e atividades de entretenimento ao seu gosto e que tenham a ver com as suas capacidades e possibilidades. No entanto, procure atividades  relaxantes. Empenhe-se, distraia-se e tire o melhor partido da situação mantendo uma atitude positiva face á situação. O isolamento não é definitivo e terá certamente “ferramentas” para lidar com a este período difícil. Contudo, por vezes pode ter alguma dificuldade em encontrá-las. Se for o caso, procure ajuda. Estão disponíveis através do SNS24, psicólogos a quem pode recorrer em momentos em que se sinta com menos recursos para lidar com a situação. Nas redes sociais há também alguns grupos de ajuda liderados por profissionais da área da medicina e da saúde mental. Mantenha-se confiante, com a certeza de que a situação irá resolver-se. Pode demorar mais do que poderíamos imaginar, porém, terá um fim e até lá… resta-nos adaptarmo-nos o melhor possível!

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