A memória tem uma importância fulcral nas nossas vidas, uma vez que fazemos uso dela em múltiplas situações, desde as mais simples às mais complexas. É a memória que nos permite saber quem somos e que dá sentido e significado às nossas vidas.
A aprendizagem e a memória envolvem três estádios: codificação, armazenamento e recuperação. De uma forma muito simplificada podemos dizer que os processos que ocorrem durante a apresentação da informação se designam por codificação e incluem os processos envolvidos na perceção (sentidos). Após a codificação, a informação é armazenada no complexo sistema de memória. Ao momento em que recordamos ou extraímos a informação armazenada, chamamos recuperação. Não é pois possível haver armazenamento sem codificação, nem recuperação sem os anteriores.
A Terapia Cognitivo-Comportamental, desde a sua origem, vem a ser considerada como uma modalidade de tratamento muito eficaz nos mais variados tipos de perturbações psicológicas. Este tipo de terapia prevê a possibilidade da utilização de várias técnicas e “ferramentas” que complementam e auxiliam a ação do psicólogo, nomeadamente a prática de mindfulness.
A atenção plena ou mindfulness, segundo Goleman e Davidson (2017), é um dos métodos de meditação mais utilizados e divulgados no mundo ocidental, dentro de uma ampla variedade de métodos. Alguns especialistas utilizam o termo mindfulness para definir todo e qualquer tipo de meditação. A prática de mindfulness deriva da filosofia oriental budista, sendo considerada uma das técnicas de meditação mais antigas da Índia. Na filosofia oriental, a atenção plena pode ser definida como uma qualidade mental adquirida e cultivada através da prática da meditação com o intuito de se chegar a um desenvolvimento psicoemocional e espiritual. A meditação, é portanto, uma “ferramenta” capaz de produzir uma conexão completa entre a mente, o corpo e o espírito (Goleman & Davidson, 2017). Meditar é sentir a respiração, com a atenção plena ao que está a acontecer no momento presente, observar e aceitar sem julgamentos as experiências internas, sem avaliar ou tentar modificá-las.
O desempenho da memória nas pessoas mais velhas e a sua relação com as emoções, conduz para a possibilidade de haver um enviesamento para as memórias positivas. Parece haver evidência de que os adultos mais velhos apresentam uma tendência para recordar mais facilmente imagens associadas a emoções positivas do que a emoções negativas.
De um modo geral, quando se discutem tarefas relacionadas com a utilização da memória, a população idosa parece demonstrar alguns défices na sua realização quando comparada com a população de adultos mais jovens. No entanto, ao proceder-se ao estudo de tarefas relacionadas com formas de bem-estar e regulação emocional, os idosos, em comparação com os jovens adultos, revelam melhorias e não o declínio que seria esperado. Este declínio seria esperado uma vez que a nível fisiológico se dá uma redução do volume da massa cerebral com o avançar da idade. Porém, apesar dessa redução, as estruturas cerebrais relacionadas com o processamento das emoções e memória, em concreto a amígdala cerebral, não sofrem alterações estruturais significativas.
A memória é um processo cognitivo que nos permite aprender, reter e recordar a informação que apreendemos. O processo mnésico envolve três fases: aquisição, retenção e recordação.Associado à memória está o esquecimento que é a impossibilidade de recordarmos alguma coisa.
Podemos distinguir três tipos de memória: a memória sensorial, a memória de curto prazo e a memória de longo prazo. A memória sensorial, tem origem nos órgãos dos sentidos e toda a informação obtida é retida por apenas breves segundos (2 ou 3). Os dados desta informação são processados e passam para a memória de curto prazo, também chamada de memória de trabalho. Esta retém a informação por um período de tempo também limitado. Se a informação não for processada perde-se. O processamento da informação corresponde á codificação dos dados em símbolos que são remetidos para a memória de longo prazo. Esta tem a capacidade de armazenar dados e estes permanecerem por dias, meses, anos ou até por toda a vida, podendo ser recordados sempre que o indivíduo o desejar… ou conseguir.
A incapacidade de se recordarem os conteúdos que foram armazenados é o esquecimento. Habitualmente o esquecimento tem uma conotação negativa e até mesmo patológica, mas não é sempre assim. O esquecimento é essencial à própria condição da memória. É porque nos esquecemos que podemos continuar a aprender e a reter informação. No entanto, há vários fatores que influenciam o esquecimento, como a interferência de novas aprendizagens, a alteração do traço mnésico e a motivação inconsciente. A alteração do traço mnésico, refere-se ao conjunto de múltiplas alterações que sofreu a informação armazenada, ao ponto de já não a conseguimos reconhecer. A motivação inconsciente diz respeito a um processo natural em que o nosso inconsciente pode selecionar informação dolorosa, afastando-a da consciência, de modo a evitar conflito e sofrimento. Desta forma a sua recordação torna-se mais difícil ou impossível. É um processo de autodefesa.
A memória constitui-se como a base dos nossos conhecimentos, pensamentos e emoções. É a partir dos conhecimentos que cada indivíduo possui, que é possível a sua adaptação ao meio, a atribuição de significado às suas experiencias de vida e a aquisição do sentimento de identidade social. Com o passar dos anos, o nosso corpo vai envelhecendo e vão aparecendo sinais como as rugas, os cabelos brancos e também, as dificuldades de memória. Á semelhança de outros órgãos, o nosso cérebro também envelhece e começa a notar-se o declínio de algumas das suas funções. O treino e a estimulação cognitiva podem retardar os efeitos da idade no funcionamento cognitivo, e nomeadamente na memória. Ler, escrever, fazer cálculos, resolver problemas, são exemplos de atividades que podem ajudar a sua “cabeça” a manter-se saudável por mais tempo. Exercite o seu cérebro e mantenha-se cognitivamente ativo, pela sua saúde!
A memória é a capacidade que o indivíduo tem de adquirir, armazenar e evocar informação. Podemos distinguir 3 tipos de memória: sensorial, de curto prazo e de longo prazo.
A memória sensorial é um tipo de memória que tem origem nos órgãos dos sentidos. Deste modo podemos referir a memória auditiva, visual, olfativa, etc. A informação obtida através dos órgãos dos sentidos é retida por um curto espaço de tempo (0.2 a 2 segundos). É a memória sensorial visual que nos permite, por exemplo, ver um filme. Por outro lado, a memória sensorial auditiva permite-nos entender uma notícia que ouvimos ser relatada na rádio. A informação obtida através deste tipo de memória, se for processada, passa para a memória de curto prazo, caso contrário, a falta de processamento, leva a que a informação se perca. A memória sensorial é ilimitada, ou seja, são ilimitados os dados passíveis de serem registados pelos nossos cinco sentidos. Para que a informação seja captada pela memória sensorial não é necessário o envolvimento da atenção, o processo é automático e involuntário.