Estudo eficaz!

Muitos estudantes enfrentam períodos em que se sentem desmotivados em relação aos estudos, por diversas razões. No entanto, muitas vezes a falta de motivação e o baixo rendimento, prende-se com o facto de não terem desenvolvido ainda, métodos de estudo eficazes. Aqui ficam algumas estratégias simples, que podem ajudar os alunos a recuperar o entusiasmo e a encontrar a motivação necessária para o sucesso.

Em primeiro lugar recomenda-se que sejam definidos objetivos claros e alcançáveis ​​para os estudos. Falamos de metas de curto prazo, como executar ou concluir uma tarefa específica, mas também metas de longo prazo, como obter uma determinada nota a uma determinada disciplina ou até mesmo passar de ano! Analisar e definir exatamente o que tem que ser feito, é o primeiro passo para se organizar o tempo para estudar, sem esquecer que também é preciso tempo para se divertirem.

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Como estudar? A leitura ativa

Muitas das dificuldades de aprendizagem existentes entre os estudantes, podem ser explicadas pela falta ou pelo uso desadequado de métodos de estudo e de hábitos de trabalho, que facilitem a aprendizagem. Neste texto irei abordar o tema da leitura ativa como método de estudo.

Embora esta seja a época das tecnologias e do audiovisual, o livro continua a ser um importante instrumento de estudo. No entanto, muitos alunos confundem o saber estudar com um tipo de leitura superficial que não conduz à compreensão das ideias principais nem à respetiva assimilação. Uma leitura orientada para o estudo deverá fazer-se de acordo com regras específicas que passo a descrever.

A leitura ativa compreende duas etapas distintas. A primeira é a leitura “por alto” ou na diagonal. Nesta etapa recomenda-se um olhar rápido pelo conteúdo, de forma a obter uma “visão panorâmica” do assunto a explorar. Poderá passar pela leitura de um ou dois parágrafos do início, do meio ou do fim e pela exploração de títulos e subtítulos, esquemas, ilustrações e frases destacadas. Esta leitura destina-se a fornecer ao estudante a ideia principal do texto, orientando o trabalho para os aspetos mais importantes.

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Síndrome de Burnout

A síndrome de burnout corresponde a um conjunto de sintomas que caracterizam um estado de “esgotamento” físico e mental, causado pelo exercício de uma atividade profissional. Esta síndrome pode ocorrer quando as exigências laborais são desajustadas face aos conhecimentos e/ou ás capacidades dos indivíduos.

Uma das 3 dimensões da síndrome de burnout é a exaustão. Esta é a primeira reação ao stresse provocado pelas exigências do trabalho, e relaciona-se com sentimentos de sobrecarga e de falta de recursos, tanto físicos como emocionais. Assim, o indivíduo sente-se cansado, sem energia, com as suas capacidades reduzidas, e com extrema dificuldade em enfrentar os desafios e as exigências em contexto de trabalho. As principais causas desta exaustão são a sobrecarga de tarefas e/ou o desajuste das mesmas, mas também os conflitos interpessoais em contexto laboral. Este sentimento de exaustão pode provocar reações de distanciamento emocional, de si próprio e do trabalho, supostamente como um mecanismo para conseguir lidar melhor com a sobrecarga.

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Escola, desempenho, socialização e (des)motivação

A Psicologia tem dado ao longo dos tempos um forte contributo para a melhoria do ensino e da aprendizagem em sala de aula. Sabe-se que o bem-estar emocional influencia positivamente o desempenho escolar, a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças e dos jovens.

O ensino e a aprendizagem estão intrinsecamente relacionados com fatores sociais e comportamentais do desenvolvimento, incluindo a cognição, a motivação, a interação social e a comunicação. Uma avaliação da saúde psicológica poderá ser de grande importância, não só em termos de prevenção, como no desenvolvimento de estratégias de intervenção, no sentido de melhorar o desempenho escolar e académico, as relações familiares e com os pares, e, consequentemente, a satisfação dos jovens com a vida. Promover o bem-estar emocional de crianças e jovens, irá certamente potenciar o sucesso da sua funcionalidade diária, bem como o sucesso do seu desempenho, tanto em sala de aula, como no restante ambiente escolar e não só…

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Regresso às aulas: uma ansiedade natural

A ansiedade é uma reação comum e até certo ponto funcional, na vida de qualquer indivíduo, podendo manifestar-se por comportamentos de fuga ou evitamento. É normal que cada um de nós, em vários momentos da nossa existência, experienciemos o sentimento de ansiedade, sempre que avaliamos cognitivamente uma situação ou um acontecimento que consideramos importante.

O regresso às aulas é para a maioria crianças e jovens, um momento aguardado com alguma ansiedade.  Corresponde ao reinício de rotinas e tarefas, interrompidas pelo período de férias. Principalmente as crianças do primeiro ciclo, tendem a revelar uma grande vontade de recomeçar a escola e de rever colegas e professores, o que de um modo geral, nem sempre é vivido com o mesmo entusiasmo por parte dos adolescentes. De qualquer modo, o momento de se confrontarem com novos professores, distribuição de turmas e horários, bem como novas disciplinas e novas matérias, pode ser sempre acompanhado de alguma ansiedade e outras emoções intensas.

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Sobredotação, criatividade e aprendizagem

Para que se considere que uma criança é sobredotada, o critério tradicional é que possua um quociente de inteligência – QI igual ou superior a 130, ou seja, elevado. Para isso, as crianças são sujeitas a testes de avaliação psicológica, onde põem à prova as suas competências nas diversas dimensões passíveis de avaliação, como por exemplo a compreensão verbal, a organização percetiva, a velocidade de processamento, entre outras.

A definição de sobredotação pode excluir crianças altamente criativas, cujas respostas pouco típicas e fora do comum fazem diminuir a sua pontuação nos referidos testes. Podem ainda ficar excluídas crianças provenientes de grupos minoritários, cujas habilidades podem não estar bem desenvolvidas, por falta de experiencias, oportunidades e de estímulos, embora possa existir potencial para tal. O mesmo se pode aplicar a crianças com aptidões específicas, que podem ser avaliadas como medianas ou mesmo revelar problemas de aprendizagem, noutras áreas distintas. Assim, foi adotada uma definição mais ampla, que inclui crianças que apresentam alta capacidade ou competência intelectual, criativa, artística ou de liderança em campos académicos específicos, e que necessitam de serviços e atividades educacionais especiais, no sentido de desenvolverem totalmente essas capacidades. O método de avaliação pode abranger critérios múltiplos que incluam resultados em testes de desempenho, desempenho em sala de aula, produção criativa, informação fornecida por pais e professores e entrevistas com os alunos. No entanto o valor do QI permanece como fator importante e muitas vezes determinante.

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Motivar para aprender

A motivação é o ponto de partida parta uma aprendizagem eficaz. Alunos com capacidades cognitivas normativas, se motivados, estão predispostos a aprender e a dar significado às suas aprendizagens. A par da motivação está a autoestima. Um aluno com boa autoestima, reconhece as suas capacidades e permite-se utilizar estratégias adequadas a uma aprendizagem orientada para o sucesso!

Muitos jovens e até crianças, revelam nos dias de hoje, uma grande desmotivação face à escola e à aprendizagem, com efeitos muito significativos ao nível do decréscimo do rendimento escolar e do seu bem-estar emocional e familiar, O desinteresse e a desmotivação com a escola, habitualmente, não é determinado por uma única causa mas sim, por um conjunto de determinantes que podem englobar fatores temperamentais, ambientais ou contextuais e ainda fatores genéticos. Uma das causas mais frequentemente apontadas para a desmotivação para o estudo é a forma como os conteúdos programáticos são lecionados ou a dificuldade na relação com os professores. Outra razão para o desinteresse, prende-se com o facto de que as crianças e os jovens podem não reconhecer utilidade a alguns dos referidos conteúdos, ou de não entenderem de que forma essas aprendizagens lhe podem ser úteis, quer no presente, quer no futuro.

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A pirâmide das necessidades

NecessidadesSe comer, dormir e respirar são três das necessidades básicas do Homem, estas referem-se apenas a necessidades fisiológicas. No entanto, há outras necessidades nas quais nem sempre pensamos como sendo básicas e essenciais ao funcionamento do ser humano, mas que são importantes e sem as quais não poderá haver equilíbrio, harmonia e plena satisfação com a vida.

Na década de 50 do século passado, o psicólogo norte-americano Abraham H. Maslow teorizou acerca desta temática e criou a Pirâmide de Maslow ou a Hierarquia das Necessidades, tendo como objetivo determinar o conjunto de condições necessárias ao Homem, para que este possa alcançar a satisfação com a vida, quer a nível pessoal como profissional ou social. O autor considera a organização das necessidades de forma hierárquica, ao defender que estas se agrupam conforme o grau de importância e urgência na sua satisfação. Continue a ler “A pirâmide das necessidades”