Formar uma impressão significa organizar a informação disponível acerca de uma pessoa de modo a podermos integrá-la numa categoria significativa para nós.
Tendo como base a psicologia cognitiva, a abordagem da formação de impressões que tem como base a memória, tem o objectivo de analisar os processos cognitivos relacionados com aquisição, armazenamento e recuperação de informação. Assim sendo, é através dos esquemas mentais, isto é, estruturas cognitivas formadas por categorias, conceitos e conhecimentos anteriores, que são utilizados de modo a dar coerência e sentido à nova informação de modo a categorizar e até avaliar uma pessoa quando num primeiro contacto formamos uma impressão.
Os esquemas mentais influenciam a codificação da informação nova, a memória de conhecimentos anteriores e permitem-nos inferir sobre informação ausente assim como prever acontecimentos futuros. Interpretamos o comportamento da outra pessoa baseando-nos na nossa memória, isto é, nos nossos conhecimentos e informações anteriores como por exemplo os traços de comportamento e os estereótipos, tornando-se os processos de memória fundamentais para a formação de impressões.
Fonte:
Vala, J., & Monteiro, M. B. (Eds.). (2001 Psicologia Social (6ª ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.