Para quê ir ao psicólogo/a?

Por mais que se fale de saúde mental e da importância da mesma para a manutenção da qualidade de vida do indivíduo, parece haver ainda algum preconceito associado à procura de ajuda, nomeadamente de um psicólogo/a. Ideias pré-concebidas erróneas, podem dificultar a tomada de decisão na hora de procurar apoio, ainda que muito dele se possa necessitar.

Reconhece-se hoje em dia que, entre muitas outras patologias, a perturbação de ansiedade e a perturbação de depressão são as doenças do foro mental mais comuns, com elevada prevalência tanto em crianças e adolescentes, como em adultos e idosos. Em alguns casos, uma intervenção de caráter preventivo, pode fazer a diferença entre desenvolver a doença, por vezes até à cronicidade, ou aprender a lidar com a sintomatologia, impedindo que a doença evolua e se instale, comprometendo a funcionalidade e o bem-estar do indivíduo. Deste modo, é fundamental que o psicólogo/a seja visto como alguém que pode fazer a diferença, na vida de uma pessoa, de uma família ou de uma comunidade.

Procurar o serviço de psicologia não deve ser entendido como um sinal de fraqueza, egoísmo ou de vergonha, mas sim de coragem e de vontade de melhorar algo que não está bem, algo que causa sofrimento. Sentimentos e emoções que perturbam as atividades e rotinas do indivíduo, ou que incapacitam a realização de tarefas do quotidiano, ou ainda que mesmo não impedindo, causam em enorme desgaste e dor emocional, podem necessitar de uma avaliação e de uma intervenção psicológica, tendo em vista o aumento do bem-estar, da eficácia, da autoestima e do desempenho da pessoa em causa, com um impacto muito positivo na sua família, escola, trabalho e restantes relações pessoais. Dependendo de diversos fatores, como a severidade dos sintomas, a sua duração, o grau de perturbação que provocam, as características de personalidade do indivíduo, entre muitos outros, poder-se-á caminhar para a cura, ou para o aprender a lidar com a situação de forma adaptativa, de modo a melhorar consideravelmente a saúde e consequentemente a qualidade de vida do indivíduo.

O psicólogo/a pode ainda ter um papel preponderante em casos de doença física. Aceitar um diagnóstico difícil, aprender a lidar com as consequências da doença, aderir ao tratamento, encontrar formas de diminuir a dor, o desconforto físico ou a perda funcional, podem ser entre outras, áreas em que o acompanhamento psicológico pode ser extremamente benéfico. Está na hora de quebrar barreiras, ultrapassar estereótipos e não ficar agarrado a preconceitos antiquados e inúteis que impedem de agir e de poder melhorar. De referir que a saúde mental é um tema central para a promoção da qualidade de vida, para organismos internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com esta organização, “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença”. Esta definição, que conta já com algumas décadas,  foi inovadora e ambiciosa uma vez que expandiu a noção de saúde, incluindo aspetos físicos, mentais e sociais. Não esquecer ainda do importante papel do psicólogo/a em contexto escolar, como no caso da orientação vocacional, gestão de conflitos e avaliação de riscos psicossociais, entre outras valências. Por fim, referir o forte contributo do psicólogo/a em contexto organizacional, no desenvolvimento e promoção de estratégias de apoio ao trabalhador e à empresa, tendo em vista o aumento da produtividade, o bem-estar e a satisfação dos indivíduos e o sucesso das carreiras e da organização.

Não cruze os braços. Cuide da sua saúde, cuide da sua saúde mental! Procure apoio, procure ser mais feliz!

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