
Muitos estudantes enfrentam períodos em que se sentem desmotivados em relação aos estudos, por diversas razões. No entanto, muitas vezes a falta de motivação e o baixo rendimento, prende-se com o facto de não terem desenvolvido ainda, métodos de estudo eficazes. Aqui ficam algumas estratégias simples, que podem ajudar os alunos a recuperar o entusiasmo e a encontrar a motivação necessária para o sucesso.
Em primeiro lugar recomenda-se que sejam definidos objetivos claros e alcançáveis para os estudos. Falamos de metas de curto prazo, como executar ou concluir uma tarefa específica, mas também metas de longo prazo, como obter uma determinada nota a uma determinada disciplina ou até mesmo passar de ano! Analisar e definir exatamente o que tem que ser feito, é o primeiro passo para se organizar o tempo para estudar, sem esquecer que também é preciso tempo para se divertirem.

Os alunos deverão criar um cronograma de estudos que inclua tempo dedicado a revisões, trabalhos de casa e á preparação para testes ou exames. É fundamental que o tempo livre para descanso e diversão, não fique esquecido. Para isso, deve ser garantido um equilíbrio saudável entre a divisão do tempo dedicado aos estudos e o tempo livre e de diversão, para evitar sobrecarga e salvaguardar que o tempo “chegue para tudo” se for bem dividido e organizado. Defina períodos de estudo de 30 minutos, com pequenas pausas (5 a 10 minutos em que deve sair do local onde está a estudar) entre cada período. Repita estes ciclos as vezes que forem necessárias para concluir a tarefa em causa ou até perfazer o tempo que considera razoável (até 6 ciclos).

E porque não procurar a forma de tornar a aprendizagem numa tarefa divertida? Podem incluir-se atividades práticas, jogos pedagógicos, visitas a museus ou até mesmo assistir a documentários relacionados com as matérias em foco. Outra questão de extrema importância é o sono, a sua quantidade mas também a qualidade. Passar a noite ou parte dela a estudar e negligenciar o papel do sono, na manutenção da capacidade de atenção, de concentração e de raciocínio, não será de todo a melhor estratégia. É muito importante que se respeite o ritmo circadiano e que se dediquem as 8 horas recomendadas e necessárias para um sono reparador.

A alimentação também não deve ser descurada, assim como a hidratação. Interromper o estudo para fazer um lanche (as tais pausas já referidas de 5 a 10 minutos), beber água, circular um pouco pela casa, ir á varanda ou ao jardim “esticar as pernas”, são atividades saudáveis e necessárias para quem se prepara para um bom desempenho cognitivo. Se o corpo não está bem, a cabeça também não vai estar no seu melhor…

E que tal estudar em grupo? Ou com um amigo? Se por um lado alguns alunos (ou encarregados de educação) possam pensar, que vem lá mais uma tarde de brincadeira e que o tempo não vai ser aproveitado convenientemente, deem o benefício da dúvida e experimentem. Estudar com um ou mais colegas pode ser muito eficaz, na medida em que cada um pode ter mais facilidade em determinada matéria, e pode ajudar os outros colegas, explicando-lhes de forma diferente e acessível. Da discussão de temas á apresentação de outras perspectivas sobre o mesmo, podem derivar aprendizagens importantes e o desenvolvimento do espírito crítico.

Se ainda assim o estudante não está a conseguir o rendimento desejado, por ter dificuldades de atenção, de memória, de organização ou outras, algo poderá estar a passar-se a nível emocional, que o perturba e lhe dificulta o bom desempenho. Nesse caso poderá ser benéfico fazer uma avaliação psicológica, no sentido de se identificarem as barreiras para o sucesso escolar, mas também para o despiste de alguma perturbação que possa estar na base das dificuldades do aluno. O psicólogo clínico ou educacional poderão ser uma ajuda importante!