Imagem corporal e perturbações alimentares na infância

Perturbações alimentáres

O excesso de peso tem nos dias de hoje uma expressão significativa nas nossas crianças e jovens, no entanto, muitas das crianças que procuram perder peso nem sempre têm peso a mais, assim como as que querem engordar nem sempre têm peso a menos. A preocupação com a imagem corporal, principalmente na fase da infância e da adolescência, tem a ver com o modo como a criança se vê, isto é, como julga a sua aparência.

Um fator de extrema importância para o desenvolvimento das perturbações do comportamento alimentar, mais comuns nas raparigas, é a maneira como estas se vêm, ou seja, a imagem que têm de si mesmas. Por vezes, uma imagem distorcida da realidade pode ser interpretada como a necessidade de a alterar e pode conduzir a perturbações sérias, que podem pôr em risco não só a saúde como a própria vida. Uma criança/adolescente que se vê gorda, ainda que possa ter o peso adequado à sua idade e estatura, é uma criança em risco. As meninas, ao entrarem na fase da puberdade começam a apresentar formas mais arredondadas e um aumento da gordura corporal que é normativo. Porém, muitas vezes influenciadas por modelos de magreza, que podem ser as suas amigas ou figuras mediáticas veiculadas através dos meios de comunicação social, passam a ter uma imagem de si mesmas que lhes desagrada e que consideram indesejável, embora faça parte do seu desenvolvimento normal. Continue a ler “Imagem corporal e perturbações alimentares na infância”

Adolescência e ansiedade social: as possíveis consequências

Adolescentes e ansiedade socialDe um modo relativamente consistente, precoce e estável, as manifestações de ansiedade social revelam-se desde a infância, tornando-se tendencialmente mais expressivas e intensas na fase da adolescência.

A adolescência é um período da vida em que há uma particular vulnerabilidade à ansiedade social. As manifestações deste tipo de ansiedade interferem no desempenho do adolescente no que diz respeito às suas relações sociais mas também na realização de tarefas e atividades do quotidiano. Tendo as relações sociais uma especial relevância nesta etapa da vida, a ansiedade social pode ter uma influência de tal modo negativa que poderá afetar o indivíduo de forma permanente, se não for tratada. Tanto a relação do jovem com os outros quer o seu desempenho público, como por exemplo a apresentação oral de trabalhos em contexto escolar, podem ser fortemente prejudicados pela ansiedade, sempre que este se sente de alguma forma avaliado. Continue a ler “Adolescência e ansiedade social: as possíveis consequências”