Psicologia da Arte – Banda Desenhada

superherois.jpgOs heróis de Banda Desenhada não envelhecem, permanecem iguais a si mesmos ao longo de um interminável número de aventuras (Tinoco, R., 2013). Embora algumas colecções de Banda Desenhada sejam “infindáveis” e já muito antigas é facto que tanto o herói protagonista como os seus personagens não acusam a passagem do tempo.

A força fantástica dos super heróis, os seus poderes sobrenaturais e a sua excelente forma física mantêm-se inalteráveis ao longo de décadas. Ao atingir uma idade um pouco mais avançada, o indivíduo adquire também uma noção de finitude que pode ser de certa forma “mascarada” com recurso aos livros da sua infância/imaginário infantil e à confrontação com heróis que continuam jovens e robustos e que apesar das inúmeras aventuras, lutas e peripécias se mantêm com as suas capacidades e habilidades intactas.

A banda desenhada e os aspectos emocionais, motivacionais, cognitivos e comportamentais do apreciador e do artista

Emoção

Será que podemos dizer que reler Banda Desenhada dos seus heróis de infância, reflecte uma necessidade do indivíduo voltar atrás no tempo, recuperar alguma ingenuidade infantil de forma a reencontrar em si a sensação de que o tempo não passou? Um dos aspectos que interage directamente com a apreciação de uma obra de Banda Desenhada é sem dúvida a emoção, quer seja ela causada pelo texto, pelos desenhos, cor, movimento, ou apenas pelo facto de nos poder remeter a esse mundo já vivido e sem retorno real. Continue a ler “Psicologia da Arte – Banda Desenhada”

Terapia Cognitivo-Comportamental. O que é?

Terapia Cognitiva e ComportamentalA Terapia Cognitivo-Comportamental é uma abordagem específica, breve e focada no problema actual do cliente. Explica que o que nos afecta não são os acontecimentos em si mas sim a forma como os interpretamos é que vai influenciar, senão determinar, o modo como nos vamos sentir e comportar.

As terapias cognitivo-comportamentais têm por base vários modelos. O modelo de aprendizagem de competências, foca-se no desenvolvimento de reportórios adaptativos e competências específicas de autonomia, comunicação e relação interpessoal, bem como de autocontrolo e autorregulação emocional. O modelo de resolução de problemas ensina métodos para examinar os problemas e encontrar a melhor solução. Pensar alternativas, antecipar consequências, chegar a compromissos, ensaiar soluções, etc. Também o modelo de estruturação cognitiva tem o seu papel relevante na medida em que promove um funcionamento adaptativo, tanto comportamental como emocional, alterando os processos cognitivos disfuncionais. Permite identificar pensamentos, analisar a interligação de variáveis, analisar distorções da realidade e procurar interpretações mais realistas. Continue a ler “Terapia Cognitivo-Comportamental. O que é?”

Comportamentos Positivos

Regras e comportamentos positivosNão é demais recordar que o reforço potencia a ocorrência de um determinado comportamento. Assim, sempre que as nossas crianças apresentam um comportamento adequado e desejado, o reforço imediato torna-se imprescindível para que se possa obter o desejado – que o comportamento ocorra mais vezes, de preferência até se tornar automático.

Parece consensual a importância da definição de regras por parte dos pais e educadores. Para potenciar a eficácia das regras, estas deverão ser claras, estáveis e específicas, de modo a que a criança as possa compreender e cumprir. As regras e instruções para além de claras devem ser curtas e dadas pela positiva. Por exemplo, em vez de um discurso como “És sempre o mesmo desarrumado do costume, nunca arrumas os brinquedos! Estou farta de te avisar que os brinquedos não podem ficar espalhados pela casa, bla, bla ,bla…”, experimente dizer ao seu filho “Por favor arruma os brinquedos. Cá em casa mantemos os quartos arrumados”. Continue a ler “Comportamentos Positivos”

Preciso mesmo…

adição a jogos electrónicosO Rui tem 15 anos e um problema de obesidade e de adição a jogos electrónicos. Anda em Acompanhamento Psicológico para melhorar a sua adesão à dieta, ao plano de exercício físico e para controlo da sua utilização disfuncional dos meios electrónicos de comunicação em geral e em particular da sua consola de jogos.

Questionado sobre os seus comportamentos nessas áreas na semana anterior, o Rui responde: ” Foi mais ou menos… os 2 ou 3 dias depois da consulta faço tudo direitinho como combinamos mas depois vou-me relaxando… preciso mesmo de cá vir todas as semanas para me relembrar das minhas tarefas…”

Educação Pré-Escolar

Educação pré-escolarA Educação Pré-Escolar constitui-se como um elemento protector no desenvolvimento infantil. É através da interacção com o meio e com os outros, que a criança pequena potencia o seu desenvolvimento, promove a sua autoestima, autoconfiança e desenvolve o sentimento de entreajuda, fundamentais para que se venha a tornar uma pessoa segura e confiante.

 No campo da investigação em Psicologia, a evidência cientifica aponta para a clara influência dos programas de Educação Pré–Escolar como forma de potenciar, estimular e enriquecer o desenvolvimento global da criança. Em termos de arquitectura cerebral, é durante os três primeiros anos que se estabelecem as sinapses, sendo o contexto parte influente da sua qualidade. Aos três anos, o cérebro da criança é duas vezes mais activo que o cérebro do adulto e cerca de 87% do seu peso foi já adquirido. Perante toda essa actividade cerebral, 75% da energia do corpo nessa fase é usada para o desenvolvimento neurológico. Dada a rapidez e a precocidade do desenvolvimento cerebral, a Educação Pré-Escolar assume uma importância fulcral no desenvolvimento infantil.  Continue a ler “Educação Pré-Escolar”

Psicologia da Arte!

 

Psicologia da Arte

O principal objectivo da Psicologia da Arte consiste na descrição e explicação das experiências psicológicas do indivíduo, assim como dos seus comportamentos, quer na criação como na apreciação da arte sob as mais diversas formas.

A definição de arte tem vindo a ser alterada ao longo do tempo, sendo uma definição aberta na medida em que o seu significado hoje não é igual ao que foi no passado. Podemos dizer que a evolução das competências cognitivas do ser humano levou à produção de várias formas artísticas. A arte, desde a antiguidade, evidencia uma forma de narrativa na medida em que um dos seus objectivos será certamente transmitir uma mensagem. Se inicialmente a arte estava muito orientada para os monumentos, posteriormente foi sendo utilizada para representar as classes sociais mais elevadas, mas com uma certa neutralidade em relação à expressão do criador. Na idade média, a arte revela-se essencialmente através da representação do divino e mais tarde assume uma especial relevância na representação do corpo humano envolvendo já maior rigor nas proporções assim como uma representação do detalhe e do movimento bem como alguma fantasia. Continue a ler “Psicologia da Arte!”