A prevalência de problemas de excesso de peso e obesidade, na infância e na adolescência, tem vindo a aumentar consideravelmente nas últimas décadas, tendo-se tornado num grave problema de saúde pública, não só em Portugal, mas também em muitos outros países da Europa e do mundo.
Importa diferenciar obesidade de excesso de peso, sendo que a Organização Mundial de Saúde (2007) Considera excesso de peso o aumento do peso corporal do indivíduo acima do seu peso normal em 10-20%, o que corresponde a um índice de massa corporal (IMC) entre 25-30 Kg/m2. Obesidade corresponde a um aumento do peso corporal do indivíduo superior a 20% do seu peso normal, por acumulação de gordura e que equivale a um IMC igual ou superior 30 Kg/m2, pondo em risco a sua saúde. As causas da obesidade são multifactoriais: factores biológicos, genéticos, comportamentais, ambientais e culturais influenciam o desenvolvimento desta condição. Embora a hereditariedade e a genética pareçam exercer uma grande influência no desenvolvimento da obesidade, os factores comportamentais, têm nos dias de hoje, muita relevância.
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Após avaliação neuropsicológica, quando os pais se deparam com um resultado abaixo da média esperada para a faixa etária do seu filho, ou seja, quando a criança apresenta um desempenho intelectual de nível inferior, a reacção habitualmente é de preocupação.
Em psicologia clínica pediátrica, o papel dos pais ou de outros cuidadores que os substituam, assume uma importância extrema em termos do sucesso da intervenção.
A perda frequente do controlo, os sentimentos de raiva e ressentimento, as discussões com adultos ou grupo de pares, o culpar os outros pelos seus próprios erros e o incumprimento de regras, são exemplos de atributos presentes nesta perturbação, que podem ter um impacto muito negativo nas diferentes áreas funcionais da criança ou do adolescente (e. g. familiar, educacional, social, …). Por vezes estes comportamentos podem observar-se apenas em casa ou com membros da família, e neste caso a perturbação é considerada de menor gravidade do que se os comportamentos se apresentarem de forma global, ou seja, nos vários contextos de vida da criança.
A presença dos meios electrónicos de comunicação na vida das nossas crianças é hoje em dia uma inevitabilidade. A televisão, o tablet, o computador e o telemóvel, são presenças assíduas na vida dos nossos filhos desde cedo. Estes dispositivos são frequentemente diabolizados, mas podem ter uma utilização útil e favorável se disponibilizados de forma equilibrada, como tudo na vida. Tornar-mo-nos reféns deles ou pior ainda, tornar as crianças dependentes desses meios é que me parece perigoso e desadequado e com efeitos prejudiciais, quer a curto, quer a longo prazo.
A Fernanda tem 49 anos, é tradutora, casada e tem uma filha de 11 anos com uma Perturbação de Oposição e Desafio, diagnosticada há cerca de 5 anos. A Fernanda revelou desde sempre grande dificuldade em lidar com os comportamentos da filha. Actualmente procurou ajuda psicológica, entre outros motivos, por sentir que já não consegue suportar mais a sua vivência com a filha e por temer os desafios da adolescência, que se vai aproximando. A pedido da criança, a Fernanda está prestes a tomar a decisão de a deixar ir viver com os avós maternos, a 200 km da residência da família. Estes estão dispostos a tomar conta da neta no sentido de ajudarem a filha e por temerem o seu desequilíbrio emocional.
A hipocondria, actualmente denominada de Perturbação de Ansiedade de Doença, é uma doença imaginária que causa sofrimento real no indivíduo. Habitualmente desvalorizada, esta perturbação é vulgarmente referida como a mania das doenças. A pessoa que sofre deste problema é muitas vezes ignorada e as suas queixas são banalizadas pelos outros, no entanto o seu sofrimento é uma realidade.
O sofrimento destas pessoas advém do medo e da ansiedade que apresentam pela crença ou suspeição de terem uma doença grave e não da queixa física em si. Quando há de facto uma condição médica diagnosticada, o sofrimento que referem e o medo e ansiedade que apresentam é excessivo e desproporcionado em relação à gravidade dessa mesma condição. Os indivíduos com Perturbação de Ansiedade de Doença ficam facilmente assustados em situações como lerem ou ouvirem uma notícia sobre uma determinada doença ou terem conhecimento de que alguém conhecido está doente.
A velhice normal pode ser entendida como um estado em que não há doença física ou psicológica, apesar de se constituir como um processo progressivo e irreversível, que afecta a capacidade de adaptação do indivíduo e do seu organismo às actividades de vida diária e ao contexto.