O Frederico tem 10 anos e está em Acompanhamento Psicológico há 10 meses por apresentar comportamentos de oposição e desafio e dificuldades de concentração e atenção. Os pais do Frederico têm um estilo autoritário e recorrem frequentemente à punição física como forma de lidarem com as dificuldades que sentem na relação com o filho. O Frederico fala sobre um episódio recente de confronto com o pai que resultou numas valentes palmadas e comenta: “O pai bate mas ele pode porque é o pai…”
Mês: Maio 2018
Luto
O luto é uma reacção característica a uma perda significativa.
É um processo necessário, normal e adaptativo após uma perda e que engloba quatro dimensões que traduzem o sofrimento decorrente da quebra de um laço emocional.
- Emoções – tristeza, zanga, desamparo, solidão…
- Cognições – negação, pensamentos intrusivos, dificuldade na tomada de decisão…
- Sensações físicas – vazio no estômago, nó na garganta, aperto no peito…
- Comportamentos – choro, perturbações do sono, do apetite, isolamento…
Estratégias de aprendizagem
Estratégias de aprendizagem são acções mentais e comportamentais específicas adoptadas pelo aluno durante o processo ensino-aprendizagem, que têm por objectivo facilitar e consolidar a construção do seu conhecimento.
São comportamentos sequenciais ou actividades que se escolhem com o propósito de facilitar a aquisição, o armazenamento e a utilização da informação e que têm um carácter consciente e intencional. Continue a ler “Estratégias de aprendizagem”
Pensar, sentir e comportar-se!
O modo como pensamos acerca de um determinado acontecimento vai determinar não só o modo como nos vamos sentir em relação a ele, mas também o modo como nos vamos comportar.
Vamos a um exemplo:
Situação/Acontecimento: Vai na rua e passa por si um colega de escola/trabalho que não o cumprimenta.
Pensamento 1: Ele não gosta de mim…
Sentimento 1: tristeza
Comportamento 1: Choro
Pensamento 2: Ele não me devia ignorar, não tem esse direito, é um mal-educado!
Sentimento 2: raiva e zanga Continue a ler “Pensar, sentir e comportar-se!”
Envelhecimento e capacidades cognitivas: Memória
A memória é a função superior mais estudada no âmbito do envelhecimento normal. Estudos sobre plasticidade cognitiva revelam que o cérebro consegue modificar-se e adaptar-se através da utilização de programas de treino e estimulação cognitiva, o que pode levar à preservação de um bom nível de eficiência das pessoas idosas, bem como pode permitir a recuperação de processos cognitivos já afectados.
A memória implícita ou processual é pouco afectada pela idade, assim como a memória sensorial. Já a memória de trabalho, que diz respeito a manter disponível um conjunto de informação enquanto é processada outra informação, é mais afectada, pois exige processos mais complexos associados à linguagem, armazenamento visuo-espacial e controlo da atenção (componente que mais intervém na memória de trabalho). Continue a ler “Envelhecimento e capacidades cognitivas: Memória”
Psicoterapia = Relação de Ajuda
A psicoterapia é uma relação de ajuda assimétrica mas de carácter colaborativo entre o psicólogo/terapeuta e o cliente, que vai evoluindo ao longo do tempo.
Tem início com um pedido de ajuda/apoio feito por parte do próprio cliente ou de alguém por si, que advém de problemas, dificuldades ou perturbações relacionadas com o foro psicológico, de origem diversa mas com um objectivo muito específico – provocar a mudança de modo a aumentar o bem-estar, tendo em vista o aumento da qualidade de vida do sujeito. Continue a ler “Psicoterapia = Relação de Ajuda”
Cortar a meta
A Teresa é uma menina de 12 anos com um problema de obesidade. Anda em acompanhamento psicológico há cerca de 7 meses e tem sido incentivada, entre outras actividades, a participar nas aulas de educação física, na escola. Na última sessão disse que trazia uma novidade. ” Participei esta semana no corta-mato da escola e fiquei em último lugar. Mas estou contente porque não desisti. Fui a última a chegar mas consegui cortar a meta” diz a Teresa cheia de orgulho!
Ansiedade social: O medo do julgamento!
A Perturbação de Ansiedade Social, também conhecida como Fobia Social, caracteriza-se por ansiedade clinicamente significativa provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho, que frequentemente conduzem ao comportamento de evitamento.
A timidez pode considerar-se uma forma de evitamento social e caracteriza-se pela preocupação pela avaliação dos outros principalmente em ambientes novos, causando ansiedade e comportamentos de inibição no que tem a ver com a interacção social.
Na Perturbação de Ansiedade Social o indivíduo revela um medo persistente de situações sociais caracterizado por uma generalizada inibição social, timidez e comportamentos de evitamento. Continue a ler “Ansiedade social: O medo do julgamento!”
Envelhecimento e velhice
Faz-me sentido distinguir envelhecimento de velhice. A forma como o indivíduo enfrenta as dificuldades, resolve os problemas, escolhe as estratégias que lhe permitem viver melhor e sobretudo a forma como se relaciona com o mundo e com os outros, leva-me a considerar que não é apenas a idade cronológica, as rugas e outras alterações do aspecto físico, que determinam que se é velho.
Parece-me que ser velho, se relaciona fortemente com a perda de capacidades que impedem que o individuo se mantenha autónomo, quer a nível físico como mental, e ainda com a perda da capacidade de sonhar e de projectar o futuro. É inegável que a passagem dos anos coloca características como a atractividade, força física, a facilidade em adquirir novos conhecimentos e outras capacidades cognitivas, numa curva descendente, contudo, os conhecimentos adquiridos, a sabedoria, o respeito por parte dos outros e até mesmo a satisfação com a vida têm tendência a aumentar. Continue a ler “Envelhecimento e velhice”
O Sono na adolescência
Parece ser do conhecimento comum que os adolescentes não andam a dormir muito, nem muito bem, mas será que eles têm consciência disso e do impacto que os problemas de sono têm nas suas vidas?
Um estudo feito com jovens entre os 14 e os 20 anos de idade, sobre as crenças e conhecimentos dos adolescentes sobre o sono (Santos, G., 2016) mostra que os adolescentes têm um conhecimento adequado e coerente sobre o sono, em relação aos determinantes, consequentes e hábitos de higiene do sono, estando de modo geral em conformidade com o que vem descrito na literatura. No entanto parece haver uma tendência para uma generalização excessiva da frequência de dificuldades de sono, o que pode facilitar a sua banalização e a não implementação de estratégias remediativas ou de procura de ajuda. Continue a ler “O Sono na adolescência”